Do verbo almodovartenho a perna nos tornozelos, olhos vidrados
no chão
chove sobre a nuvem da poeira
que teimou um dia levantar vôo
alçar pássaros
folhas
e se deixar levar sobre os canteiros
tenho as mãos sobre a imensidão do nada
céu
mar
azul verde abacate
alicate trago no olho direito que é pra te arrancar de mim
a mancha
o grude
o suor e o sangue na carne trêmula
almodovar, ar, ar
rimarei
meu desejo de beleza singela
com teu jeito cruel de cactus
Tânia Rodrigues
6 comentários:
Lindo Tânia !
Abração a todos!
Nane
Gostei bastante Tânia! Também curto Almodóvar. A propósito, estes dias andei revisitando o Espontâneas. Muito bom!
Abração,
Viegas
amo este verbo! q bom almodovar! vamos todos almodovar...
gracias,taninha!
beijos
Q bom que gostaram, amigos,
quem sabe, da próxima vez, não "fridamos" algumas palavras, heim, hehe...!
Beijo em todos.
.
não tarda a data
em que esta vida de frida
me mata
.
maravilha, tânia.
caramba, que coisa linda.
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