domingo, 27 de dezembro de 2009

Compre cortinas por R$ 89 o metro quadrado!

Deu no Diário Catarinense. A gestão da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte envolve-se em indícios de superfaturamento. Alguma novidade?

link da matéria AQUI

TCE investiga reforma de R$ 800 mil no auditório da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte

Relatório aponta indícios de superfaturamento em obras, sem licitação, na sede da secretaria

Ana Minosso | ana.minosso@diario.com.br

Uma cortina instalada no auditório da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte do Estado chamou a atenção de auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Na cor salmão e em tecido liso, ela compõe o ambiente com móveis do auditório reformado após incêndio em 31 de dezembro de 2007.

Mas não foi a harmonia na decoração que impressionou os auditores, e sim o preço da cortina. Comprada sem licitação, conforme apurou auditoria, ela custou R$ 25 mil, quando poderia ser encontrada por R$ 3 mil nas lojas do ramo. Um preço 755% acima do mercado.

"Considerando o valor de R$ 89 o metro quadrado, foi realizada uma pesquisa em lojas que comercializam o mesmo tecido, e o preço encontrado variou entre R$ 4,93 e R$ 7,53", escreveram os auditores.

Eles também não encontraram o blecaute importado nem a sanefa (faixa de pano que decora a parte superior dos cortinados), que compõem o preço total.

O relatório da auditoria foi concluído em agosto do ano passado, e não ficou só na reforma. Investigou as contas de 2007 e parte das de 2008 na secretaria. Há um ano, o documento está na procuradoria do Ministério Público no TCE.

Análise de outros itens comprados

Além da cortina, outros itens comprados após o incêndio de 2007, que atingiu parte do prédio da secretaria, foram analisados. Um projetor multimídia com telão, que também está no auditório, foi adquirido por R$ 20,2 mil. O mesmo modelo custa, em média, R$ 3,9 mil em lojas especializadas, segundo os técnicos do TCE. A Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte pagou 418% acima do valor de mercado. O custo total da reforma chegou a R$ 800 mil, pagos à empresa Kerberos. Sem licitação.

Em apenas três itens (cortinas e dois projetores), a secretaria pagou R$ 50,3 mil, quando poderia ter pago R$ 7,6 mil, segundo o relatório. Uma diferença de 560%.

Os "indícios de superfaturamento" na reforma ocupam parte do relatório, a que o DC teve acesso, e que tem 202 páginas. O documento aponta ainda "indícios de irregularidades na gestão da publicidade, pagamentos indevidos a empresa terceirizada, fragilidades na prestação de contas, receitas contabilizadas de forma irregular e deficiências no controle de ponto de funcionários terceirizados".

Os técnicos recomendaram que o secretário Gilmar Knaesel explique gastos de R$ 2,5 milhões dos cofres públicos. E indicam que o TCE deve investigar melhor a reforma, que custou R$ 800 mil. Total de gastos sob suspeita: R$ 3,3 milhões.

Empresário confirma maior valor em notas

O empresário Clóvis Margreiter, dono da então Kerberos Inovações Empresariais, responsável pela reforma na Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte não se surpreendeu com o resultado da auditoria do Tribunal de Contas.

Ele confirma que as notas foram superfaturadas. E conta o motivo: como a obra toda foi bem além do que estava no orçamento original, precisou "engordar" o valor das notas para receber por tudo o que fez.

Pelo projeto inicial, a empresa de Margreiter teria que reformar a sala da secretaria onde o fogo começou, restaurar corredores, trocar divisórias e lavar e recuperar paredes.

Tudo isso foi feito ao custo de R$ 300 mil, quando o orçamento inicial apresentado era de R$ 600 mil.

— Falei com o secretário, e ele me disse para ver o que mais podia ser feito. Reformamos toda a sala dele, o auditório, os banheiros, trocamos todo o forro, o assoalho, botamos vidros novos, fizemos o jardim interno. Praticamente recuperamos toda a secretaria. Para toda a reforma, a Kerberos precisou de mais R$ 200 mil, além dos R$ 600 mil. A diferença de R$ 500 mil entre os R$ 300 mil gastos na reforma original e os R$ 800 mil repassados à empresa por todo o trabalho foi"injetada"em notas superfaturadas — reconhece o empresário.

Empresa mudou de ramo e de endereço após a obra

Margreiter confirmou que não poderia declarar tudo o que fez porque a maioria das melhorias no prédio foi executada fora do orçamento.

— Essa reforma hoje não sairia por menos de R$ 1,5 milhão, mas nós conseguimos fazer por R$ 800 mil. Tem que ver a grandeza de trabalho que nós fizemos — diz, com orgulhoso, o empresário.

Depois de concluída a reforma no auditório da secretaria, Clóvis Margreiter desfez a empresa. Demitiu 36 funcionários e passou a atuar com informática e vigilância. Mudou o local de trabalho, trocou telefones e hoje atende em uma pequena sala do Centro Comercial Ceisa Center, em Florianópolis.

O que diz o secretário

O secretário Gilmar Knaesel (PSDB) se diz tranquilo em relação aos apontamentos feitos pela auditoria do Tribunal de Contas. Em 36 minutos de entrevista concedida em seu gabinete, no bairro Itacorubi, no início de novembro, quando o DC apurava os dados para esta reportagem, ele viu "divergências burocráticas", em que o Tribunal possui entendimento diferente do dos técnicos da área administrativa do governo do Estado.

O secretário assegurou que desconhece os indícios de superfaturamento na reforma do prédio e garantiu que as melhorias foram feitas por causa da intensidade do incêndio de 2007. No Boletim de Ocorrência número 10409 consta "perda mobiliária quase total e de cerca de 20% da estrutura física do prédio".

Durante a entrevista, Knaesel garantiu que a reforma foi feita com licitação e prometeu que todos os documentos seriam fornecidos no dia seguinte. Dois dias depois, a assessoria do secretário admitiu ao Diário Catarinenseque não houve licitação.

Por telefone, em 17 de novembro, o consultor jurídico da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte Jacques de Andrade e Silva, afirmou que a contratação direta teve amparo legal porque foi "uma situação emergencial".

Disse que o custo foi de R$ 599 mil, mais um aditivo de "R$ 200 e poucos mil" para a realização de obras e serviços.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Super invenção: uma bicicleta dobrável

http://www.ecodesenvolvimento.org.br/ecodtv/foldingbike.flv/video_view
Estudante cria bicicleta “contorcionista”
fonte da matéria:

bike_capa.jpg

Existem diversas formas de tornar a mobilidade urbana mais sustentável. Uma dessas maneiras é facilitando o acesso de bicicletas a outros meios de transporte, como metros e ônibus, bem como simplificando seu armazenamento e transporte. Foi pensando nisso que o estudante do Royal College of Art, Dominic Hargreaves, criou a “Contorcionista” – uma bicicleta articulada que pode ser dobrada e levada para qualquer lugar.

Além do design arrojado e da praticidade de poder “torcer” a bicicleta e carregá-la de um canto a outro, a criação tem uma vantagem em relação às outras bikes dobráveis – uma roda de 26 polegadas, considerada grande para os padrões desse tipo de bicicleta e, consequentemente, mais confortáveis e fáceis de pedalar.

bike_02.jpg

Em poucos minutos é possível “dobrar” todo o equipamento graças às suas articulações estrategicamente planejadas. Depois, é só montá-la novamente e sair pedalando. Não é preciso fazer força nem utilizar equipamentos específicos.

Com apenas 24 anos, o estudante não sabe se a criação deixará de ser um protótipo nem quando ela poderá estar à venda. Mas garante que o preço de uma “Contorcionista” não passará de £400, cerca de R$2.8400. “Não há nenhum motivo para não ser esse valor. Não existe nada nessa bike que não possa ser produzido em larga escala”, conclui Hargreaves.

Confira no vídeo abaixo como a bicicleta funciona:




sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Ceci n´est pas un pipiroom


Ação, intervenção nos banheiros de museus de arte
e galerias de Lisboa, Paris, Barcelona e Madrid.
Estamos em processo...
Charles e Aline, de Lisboa.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Governo promove consulta pública para novo edital


fonte: http://ow.ly/ODtf

O Governo do Estado de Santa Catarina, através da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL) e do Conselho Estadual de Cultura (CEC), está promovendo uma consulta pública do regulamento da próxima edição do Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura.

O documento pode ser encontrado no site da FCC (www.fcc.sc.gov.br), e as sugestões devem ser encaminhadas até 30 de janeiro de 2010 para o email edital2010@fcc.sc.gov.br.

O lançamento oficial da edição 2001 do edital aconteceu durante a última reunião do CEC, realizada em 18 de dezembro, que contou com a presença da presidente da FCC, Anita Pires, do secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel, do diretor do Sistema Estadual de Incentivo ao Turismo, Cultura e Esporte (Seitec), Gerson Ávila Hulbert, e do presidente do CEC, Péricles Prade. Na ocasião, o CEC deliberou que serão destinados R$ 8 milhões ao novo edital, e que o mesmo deverá ser lançado em fevereiro. “Em 2009 tivemos avanços significativos na área cultural, e entre eles está a política de editais”, afirma Anita Pires.

Essa será a segunda edição do Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura, que tem por objetivo estimular a produção, circulação, pesquisa, formação, preservação e difusão cultural. Na primeira, lançada em 2008, o Governo do Estado destinou R$ 6,8 milhões para os projetos selecionados. Ao todo, foram recebidas 1.428 inscrições para as sete grandes áreas abarcadas no edital. Após análise da documentação, 1.083 projetos foram habilitados a continuar concorrendo aos prêmios. A área com mais inscrições foi a de Música, com 267 inscritos, seguida de Artes Visuais (215), Teatro (165), Letras (164), Patrimônio Cultural (107), Dança (87) e Artes Populares (78). Uma comissão julgadora formada por 21 membros trabalhou na seleção dos 189 projetos vencedores.

Ter Espírito Natalino

A cidade de espetáculo precisa transformar cultura em capital e a paisagem em mercadoria. Para isso, unem-se poder público e os empresários para celebrar a grande festa do consumo cristão. Pode existir coisa mais grotesca que o Natal Alles Blau?

Para contribuir com este período de reflexão e compaixão com a nossa miséria, estou postando uma das dicas do blog "The Classe Média Way of life: um guia para se comportar como a classe média brasileira".

http://classemediawayoflife.blogspot.com/


Ter Espírito Natalino


Não adianta tentar fugir: para ser médio-classista, é estritamente necessário gostar do Natal.


O Natal é uma festa que acontece todo final de ano, onde as pessoas louvam um deus sempre retratado de barba, que veio do céu para trazer à humanidade o que realmente importa nesta vida. Trata-se do Papai Noel, carregado com um saco bem grande de bens de consumo. O Papai Noel é uma divindade muito louvada pelos médio-classistas, um personagem criado pela indústria de refrigerantes como o símbolo da festa mais importante para a Classe Média: a época das compras de Natal.

Apesar de ser uma importante e apreciada época festiva, as origens do Natal, tal como hoje é conhecido, não são bem claras. Algumas correntes científicas defendem que a data era utilizada, em tempos remotos, para festejar o nascimento de Jesus, ícone das religiões cristãs. Esta teoria, no entanto, enfrenta forte combate quando exposta ao fato de que sua comemoração ocorre no dia 25 dezembro, contrariando a lógica pela qual o calendário ocidental moderno se utiliza do nascimento do mesmo personagem como marco zero, o que, por dedução, só estaria correto se o mesmo nascesse no dia primeiro de janeiro. A contra-argumentação dos estudiosos que ligam o Natal a Jesus apresenta duas versões para resolver o imbróglio: ou ele nasceu prematuro de 7 dias, ou ele só foi registrado no cartório 7 dias depois, porque os pais moravam na roça e naquela época era penoso e demorado chegar à cidade no lombo de um burro. Ainda não há consenso na comunidade científica sobre o assunto.


O Natal também é a época da afirmação dos verdadeiros valores da Classe Média, e isto ela faz com demasiado talento. No afã de deixar claro que ter nascido no Brasil foi apenas um acidente de locação geográfica, os médio-classistas se esforçam para compartilhar do mesmo tipo de festividades que os grandes irmãos do hemisfério norte, também conhecidos como "mundo civilizado". Abre-se mão do mundialmente invejado clima tropical, que proporciona, por exemplo, noites de agradável temperatura, preferindo ambientar suas comemorações em uma emulação do inóspito clima de nevasca. Em pleno calor causticante de verão, nossos shoppings se cobrem de neve de espuma e isopor. Velhos gordinhos, coitados, são fantasiados de Papai Noel, enfiados em vestimentas, luvas e botas inclusive, desenvolvidas originalmente para que esquimós consigam atravessar vastíssimos desertos de gelo em busca de focas gordas. A tortura se completa com milhares de lâmpadas incandescentes, para tornar o ambiente já quente em uma verdadeira chocadeira, e claro, horas a fio de música instrumental das famigeradas harpas natalinas. Haja saco, hein Papai Noel!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Relatório da II Conferência Estadual de Cultura

Olá pessoas.

Os debates que aconteceram no insuficiente dia 25 de novembro foram sistematizados e apresentados neste relatório.

Saiba as resoluções AQUI.

Márcio Cubiak

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Clube dos Desgraçados


Mais uma edição do CLUBE DOS DESGRAÇADOS, com o grupo AmaDores de Teatro e a banda Le Grand Blues!Novas apresentações de stand-ups/downs e outras desgraças...

Domingo, dia 20 dezembro, a partir das 18h, no KGB.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

recomendando filmes!


Oi pessoas,

Indicando três bons filmes, que vi neste final de semana. Ambos são produções européias, é cinema de excelentes atributos técnicos e muitos prêmios e exibições em Festivais de cinema mundo afora.

BEN X é uma produção belga (2007), de Nic Balthazar, um garoto autista infernizado todos os dias por um monte de gente. Um drama contemporâneo sobre o "Outro", mas sem pretensão de ser chato. Um roteiro bem dinâmico, com inovações técnicas relacionadas aos jogos de computador e Avatar.

"O Rei Pasmado e a Rainha Nua" , de Imanoel Uribe (1992)é uma bem humorada crítica ao tabu do corpo, radicalismos da fé e Santa Inquisição. Se passa na Espanha do século XVII. O Rei, perde sua virgindade com a mais bela prostituta do reino. E fica pasmado, realmente impressionado com o corpo feminino. Dai, nasce uma pequena obsessão: ele insiste em ver a rainha nua, o que representa um grande pecado diante de Deus. Toda a corte discutirá o louco desejo, muitos tentando demover a idéia do ingênuo rei e outros, como o jesuíta Padre Almeida (que viveu muitos anos no Brasil) e o seu amigo, Conde de Andrade, tentarão de tudo para
auxiliar o jovem monarca a santificar seu matrimônio, concretizando o ato de beleza e amor. Diversíssimo.



Insanidade (Sílení/ Lunacy, 2005 - Jan Svankmajer) - livremente baseada em dois contos de Edgard Allan Poe e que combina imagens reais e animação. É nessa
delirante alegoria à sociedade contemporânea onde encontramos o jovem Jean Berlot (Pavel Liska), um rapaz assombrado por terríveis pesadelos.E tem Marquiz (Jan Triska), personagem inspirada no
divino Marquês de Sade, um aristocrata com um glorioso apetite por blasfêmias e orgias e inicia uma odisséia “terapêutica”. É sobre duas concepções de mundo, uma libertária e outra, digamos, conservadora. E ambas geram uma visão alternativa, resultado do pior que existe em cada uma. As animações são nauseantes, o sentimento de ingenuidade aflorando enquanto a carne sofre, seja na liberdade ou na dor. Filme para se perder em horas de filosofia de bar.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Violão Brasileiro nas regiões Norte e Sul

A última etapa do projeto Sonora Brasil – formação de ouvintes musicais – traz a Santa Catarina dois importantes violonistas brasileiros, representando as regiões Norte e Sul do país. Além de se apresentarem individualmente, interpretando peças de compositores de sua região, Fabrício Mattos (PR) e Salomão Habib (PA) irão executar, em duo, peças do compositor Jaime Zenamon. Estão no repertório músicas como: “Prelúdio” e “Romanceiro”, de Edino Krieger, "Black Widow" e “Fantasia para 2 guitarras”, de Jaime Zenamon, "Choro Classico", de Waltel Branco, "Música sem nome", de Bruno Kiefer , "Estudo nº 1" de Esther Scliar.

SERVIÇO:
Classificação – Livre
Dia: 12 de dezembro - sábado
Horário: 20h
Local: Fundação Cultural de Blumenau - Auditório Edith Gaertner

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

MANIFESTO DE REPÚDIO AO SESC/BLUMENAU

Amigos "escambeiros", recebi o manifesto que segue por e-mail, e penso que merece ser divulgado, principalmente considerando as características e debates que norteiam este blog. O manifesto apresenta a versão dos professores, artistas e alunos do curso de Artes da FURB. Seria interessante (e fundamental) que o SESC também se pronunciasse a respeito. A denúncia apresentada no manifesto é grave e o fato profundamente lamentável. Não bastasse a Fundação, agora o SESC prefere o Papai Noel ao teatro? Espero que tudo não tenha passado de um equívoco, e que o Sesc possa encontrar bom termo para o espetáculo em questão.
MANIFESTO DE REPÚDIO AO SESC/BLUMENAU


Nós, professores e estudantes do Curso Artes – Bacharelado em Teatro, nos manifestamos e compartilhamos com todos vocês os fatos ocorridos nos últimos dias que culminaram na transferência do local de apresentação do espetáculo teatral PARAdor DOS MENDES da Casa SESC para o Campus I da FURB (Sala S113).

No início do atual semestre o SESC de Blumenau, intermediado pelo funcionário Jamil Dias, acertou a criação e as apresentações do espetáculo PARAdor DOS MENDES (ou A PENÃO) na Casa SESC, pois a Casa, além de contar com uma modesta biblioteca, raramente abriga eventos artísticos e não possui circulação de pessoas significativa. Desse modo, entendemos que estaríamos desenvolvendo um trabalho diferenciado em um espaço não convencional e o SESC/Blumenau estaria movimentando uma Casa ociosa com atividades culturais.

Há cerca de duas semanas atrás Jamil Dias nos informou que o SESC/Blumenau transformaria a Casa na “Casa do Papai Noel”, mas garantiu que a visitação da mesma seria durante o dia e não haveria nenhum impedimento para as apresentações já agendadas de PARAdor DOS MENDES. Porém, ontem (02/12/2009), no meio do ensaio geral, três dias antes do início da temporada, meia hora antes da chegada da FURB TV para realização da reportagem sobre a peça e um dia após a divulgação do espetáculo na coluna de Cristiano Santos (Jornal de Santa Catarina), Jamil Dias - acompanhado de uma equipe de decoradores natalinos, cancelou nossas apresentações na Casa SESC.

Jamil Dias simplesmente veio até nós e informou que não poderíamos nos apresentar na Casa SESC nos dias 6, 11, 12 e 13 de dezembro, pois atrapalharíamos a programação da “Casa do Papai Noel” e que não poderíamos estar ali nem um dia a mais além da estréia (dia 05 de dezembro). Um absurdo! Uma falta de respeito, compromisso e hombridade!

Consideramos que fomos extremamente lesados e maltratados. Pois, independente das razões que motivaram o SESC a ocupar a Casa com outro evento, no mínimo, deveria ter nos comunicado com maior antecedência (via telefone, via e-mail e/ou ofício) para que pudéssemos levar o espetáculo adequadamente para outro espaço.

Além da perda financeira (material gráfico de divulgação, transporte de cenário, entre outros), do prejuízo de criar o espetáculo para um espaço específico no qual não poderemos mais nos apresentar, do dano de contarmos com pouquíssimo tempo para adaptar a peça para outro local, estamos passando o constrangimento de avisar nosso público sobre a alteração do espaço “em cima da hora”.

É muito triste saber que o SESC/Blumenau não tem o menor respeito com os compromissos assumidos com os artistas da cidade. Hoje, os estudantes e professores do Curso de Artes sofreram com tamanho descaso, mas não há garantia de que amanhã outros artistas blumenauenses não sejam igualmente maltratados. Precisamos mudar isso!

Diante dos fatos lamentáveis relatados acima, faremos nossa temporada no Bloco S - Sala 113 - do Campus I da FURB nos dias 05 e 06 de dezembro (sábado e domingo) e 11, 12 e 13 de dezembro (sexta-feira, sábado e domingo), 20h.

Esperamos vocês!

Ass.: Integrantes do espetáculo PARAdor DOS MENDES

Acontece nesta quinta-feira, 10, a última sessão do ano do CineMãe. O filme escolhido foi A Excêntrica Família de Antônia, de Marleen Gorris. A sessão começa às 19 horas, no Cine Teatro Edith Gaertner da Fundação Cultural de Blumenau. A promoção é aberta ao público, com entrada gratuita.

Os filmes são para entretenimento dos adultos, e a sala de cinema da Fundação, para o CineMãe, está com som reduzido, trocador, ambiente climatizado e levemente iluminado. O CineMãe é um programa de cinema para mamães com seus bebês de até 18 meses, onde pais e acompanhantes também são convidados.

Para ler a sinopse clique aqui!


O CineMãe tem o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, Antena 1, Banco de Leite Humano, Comitê Regional do Aleitamento Materno e Piracema do Bem Nascer.
Fonte: Gláucia Maindra da Silva, coordenadora do CineMãe (3326 7514 e 9911 0763)
Jornalista: Marilí Martendal MTb/SC 00694 JP. 3326 8124 e 9943 0235.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Salão Elke Hering - com data marcada já tá melhorando...

e-mail recebido há pouco da assessoria de imprensa da Fcblu: 
 


Salão Elke Hering vai acontecer em março

A Fundação Cultural de Blumenau informa que o 9° Salão Elke Hering - Mostra Contemporânea de Artes Visuais e Plásticas de Blumenau será realizado de 25 de março a 25 de junho de 2010. A presidente da Fundação Cultural, Marlene Schlindwein, e a diretora administrativo-financeira, Neusa Müller, estiveram ontem, segunda, em Florianópolis, onde assinaram, junto com o Secretário Gilmar Knaesel,  o contrato de apoio financeiro do Sistema Estadual de Incentivo à Cultura, viabilizando assim, a emissão do empenho que garante a realização do evento.   

Fonte: Marlene Schlindwein, presidente FCB (3326 6977 e 9977 9838)
Jornalista: Marilí Martendal: MTb/SC 00694 JP. 3326 8124 e 9943 0235.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Nesta quinta tem CineMãe


Acontece nesta quinta-feira, 10, a última sessão do ano do CineMãe. Os pais podem votar nos filmes indicados, até amanhã, terça, ao meio-dia. Os filmes são: A Excêntrica Família de Antônia , Tomates Verdes Fritos, e Volver . O público pode escolher o filme através do e-mail bibliotecadoarquivo@fcblu.com.br ou pelo telefone 3326 7514. O filme mais votado será exibido na próxima sessão, que acontece no Cine Teatro Edith Gaertner da Fundação Cultural de Blumenau. A promoção é aberta ao público, com entrada gratuita.

Os filmes são para entretenimento dos adultos, e a sala de cinema da Fundação, para o CineMãe, está com som reduzido, trocador, ambiente climatizado e levemente iluminado. O CineMãe é um programa de cinema para mamães com seus bebês de até 18 meses, onde pais e acompanhantes também são convidados.


O CineMãe tem o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, Antena 1, Banco de Leite Humano, Comitê Regional do Aleitamento Materno e Piracema do Bem Nascer.
Fonte: Gláucia Maindra da Silva, coordenadora do CineMãe (3326 7514 e 9911 0763)
Jornalista: Marilí Martendal MTb/SC 00694 JP. 3326 8124 e 9943 0235.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

FÓRUM DE ARTES VISUAIS DE SANTA CATARINA Dia 8 de dezembro

FÓRUM DE ARTES VISUAIS DE SANTA CATARINA
Dia 8 de dezembro, terça-feira, 17h30
Sala Multiuso do Museu Victor Meirelles

Convocatória de renovação do Colegiado Setorial de Artes Visuais (CSAV) - MINC/FUNARTE
Santa Catarina



 O Centro de Artes Visuais – CEAV/Funarte/MinC convoca a todos os interessados em política cultural para as Artes Visuais (artistas, críticos, produtores, curadores, historiadores de arte, pesquisadores, técnicos de museus e centros culturais, associações e etc), a participarem da reunião do Fórum de Artes Visuais de Santa Catarina que terá por objetivo eleger 3 representantes e seus respectivos suplentes para participarem em janeiro de 2010 na Pré-Conferência Setorial de Artes Visuais, onde entre outros assuntos, serão eleitos os 15 representantes nacionais do novo CSAV.

Mais informações:

Escambau mais fácil...






:) 

 a pedidos... o endereço do 
um escambau 
agora ficou  
MAIS FÁCIL!

Novas Cartas sobre o Salão Elke Hering

#
SALÃO ELKE HERING (1)

Lamentável o cancelamento do Salão Elke Hering. Mais lamentável ainda é que, em se tratando de política cultural, a presidência da Fundação Cultural não conseguiu articular junto com o governo do Estado a liberação dos recursos necessários, isso que o comando da FCB é do mesmo partido do governo estadual. O governo não manda dinheiro para um evento nacional, mas investe milhões na apresentação do tenor Andrea Bocelli. Enquanto isso, minguam salões e outras manifestações. Esperamos dias melhores na cultura do município e do Estado.

Rodrigo Ramos

Produtor cultural - Blumenau

#
SALÃO ELKE HERING (2)

Importante a lembrança de Daiana Schvartz em seu artigo “O cancelamento do Salão Elke Hering” (Santa, 1º de dezembro). É realmente triste o retrocesso na área cultural em Blumenau. Já não bastasse a ausência do Fitub e o fechamento do Casarão das Oficinas, agora temos a notícia da ausência do mais importante salão de arte contemporânea da região.

Ricardo Machado

Historiador - Blumenau

#
SALÃO ELKE HERING (3)

É lamentável o descaso do governo com a cultura de nossa cidade. Depois do cancelamento do Festival de Teatro de Blumenau por falta do repasse de verbas, deparamos agora com o cancelamento do Salão Elke Hering, mostra de arte consagrada no calendário nacional. O que fazem as autoridades que não demonstram interesse em preservar os bens culturais? É uma vergonha para uma cidade que um dia foi considerada capital da cultura barriga-verde!

Tânia Rodrigues

Jornalista - Blumenau

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Carta ao Santa - Salão Elke Hering

SALÃO ELKE HERING

De grande relevância a repercussão do adiamento do Salão Elke Hering. Esta é mais uma das evidências da ausência de políticas culturais sérias em nosso município e Estado. O fato fortalece o retrato nítido de uma gestão municipal que não se preocupa com cultura, que se ausenta dos debates e transfere responsabilidades. Desde que assumiu a prefeitura, João Paulo Kleinübing não só não tem dispensado atenção e esforços ao setor, como tem efetuado cortes drásticos no quadro da Fundação Cultural, inviabilizando seu funcionamento e atuação.

Aline Assumpção

Produtora cultural - Blumenau

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A bicicleta de Charles Steuck

A bicicleta de Charles Steuck
Viegas Fernandes da Costa
Há algumas semanas estive na exposição “Des_locamentos”, no SESC/Blumenau, conhecendo um pouco da arte contemporânea produzida a partir de Blumenau, e me provocou em especial a obra de Charles Steuck que, apesar de não possuir título, vou chamar aqui de “A bicicleta”.
Trata-se, na realidade de uma instalação. Uma vetusta bicicleta suspensa por fios, sólida e escura, que projeta sua sombra na parede. Sombra que em muito lembra, seja por suas cores (sim, é sombra colorida), seja pelo traço impressionista, o autorretrato de Vincent Van Gogh. E a analogia não se dá apenas no aspecto estético, mas por me parecer, também, “A Bicicleta” faceta biográfica do sujeito Charles Steuck.
Se a bicicleta “real”, a bicicleta objeto da produção em série, desprovida de cores e leveza – apesar de suspensa por fios imperceptíveis – , obriga-nos a levantar os olhos; impõe-se tão somente como meio, como nave que remete à realidade íntima do seu significado para o artista. Porque Charles nos convida mesmo é para a outra bicicleta, essa que efetivamente toca o chão, a diluída em cores, transfigurada pelo olhar e pelo delírio, entretanto mais real, porque humana, porque memória. É o sonho de Charles Steuck que se materializa nessa bicicleta prisma. Não o sonho do artista, mas do menino de antanho que pedalava sonhos pelas estradas empoeiradas em um tempo que já não é mais, senão pela arte.
É na arte que Charles resgata as cores e os riscos da sua infância, as infindas possibilidades de uma bicicleta nas mãos de uma criança. E é a arte que nos possibilita, ainda que no suporte efêmero de uma instalação, a permanência de uma memória que grita no homem maduro e nos provoca, público, a pedalarmos também nossos sonhos e nostalgias.
Blumenau, 02/12/2009

BNDES reformula política para a economia da cultura e amplia para R$ 1 bilhão o apoio ao setor

O diretor de inclusão social e crédito do BNDES, Elvio Gaspar, representando o presidente Luciano Coutinho, anunciou hoje, dia 25, ao lado do ministro da Cultura, Juca Ferreira, na sede do Banco, a ampliação do Procult. O programa, antes voltado apenas para o segmento do audiovisual, com dotação de R$ 175 milhões, agora conta com R$ 1 bilhão, a ser usado até o ano de 2012, incorpora novos instrumentos financeiros prioritários, como patrimônio histórico, música, jogos eletrônicos, fonográfico, editorial e dos espetáculos ao vivo. Em sua nova fase, o PROCULT recebe o nome de Programa BNDES para o Desenvolvimento da Economia da Cultura – BNDES Procult, e amplia o alcance de sua política para o setor cultural. A iniciativa faz parte de um processo iniciado ainda na gestão do ministro Gilberto Gil, conforme lembrou Gaspar, com o objetivo de reforçar o conceito de Economia da Cultura. O conceito, explicou o diretor, insere o setor no universo produtivo e gerador de emprego e renda. “Hoje, estamos alterando a nossa política de Economia da Cultura, ampliando e revitalizando o Procult, atendendo a novos segmentos. E isto, porque consideramos a sugestão do próprio meio cultural, que nos dizia que o apoio através da Lei Rouanet era pouco. Somos fomentadores, e embora tenhamos avançado no nosso apoio ao patrimônio, com recursos administrativos, nós nos convencemos de que a Economia da Cultura precisava se auto financiar e ser encarada como negócio”, disse. Corroborando sua fala, o ministro destacou a alegria de presenciar a iniciativa do Banco e constatou a presença dos representantes dos vários segmentos culturais como uma prova da mobilização em torno das novidades. “Precisamos deixar de lado aquele complexo que tão bem definiu Nelson Rodrigues, o complexo de vira-latas. A cultura brasileira tem hoje o papel já exercido pelo futebol, de exportar talentos. Isso, porque convivemos bem com a diversidade. Somos a esquina do mundo, o que nos tornou criativos. Isso nos dá uma complexidade tal que está sendo procurada lá fora por vários países. E o que o BNDES faz é apostar na nossa cultura.” Com a mudança, além de abranger novos setores, o BNDES Procult passa a dispor de instrumentos financeiros diversificados e complementares: financiamento reembolsável (empréstimo), investimento de renda variável e apoio não reembolsável. A dotação orçamentária de R$ 1 bilhão será distribuída pelos seguintes subprogramas: até R$ 500 milhões para o Procult – Financiamento; até R$ 200 milhões para o Procult – Renda Variável e até R$ 300 milhões para o Procult – Não Reembolsável. Cerca de 90% da dotação é constituída por recursos próprios do BNDES, sendo os demais R$ 100 milhões referentes à renúncia fiscal prevista nas leis de incentivo (Lei Rouanet e Lei do Audiovisual). BNDES Procult – Financiamento Sua finalidade é oferecer crédito para os investimentos de empresas com sede e administração no Brasil, nos segmentos de audiovisual, jogos eletrônicos, editorial e livrarias, fonográfico e de espetáculos ao vivo. Essa modalidade visa suprir uma carência de oferta de crédito para o setor cultural e é o principal diferencial do BNDES como banco de desenvolvimento em relação aos tradicionais patrocinadores do setor cultural. Dentre os investimentos que poderão ser objeto de financiamento pelo BNDES encontram-se: Audiovisual (cinema, TV, novas mídias) • implantação, modernização, expansão e reforma de salas de projeção de obras audiovisuais no Brasil; • implantação, modernização e expansão da infraestrutura necessária para a produção, pós-produção e projeção de obras audiovisuais cinematográficas no país; e • desenvolvimento e implantação de novos modelos de negócios para a comercialização, especialmente em novas mídias, de obras audiovisuais brasileiras independentes e de conteúdo digital brasileiro, inclusive jogos eletrônicos; • produção e coprodução de obras audiovisuais brasileiras; • desenvolvimento de conteúdo audiovisual digital brasileiro para novas mídias, inclusive jogos eletrônicos; • distribuição, divulgação e comercialização de obras audiovisuais brasileiras, de conteúdo audiovisual digital brasileiro para novas mídias, inclusive jogos eletrônicos brasileiros, no País e no exterior; • distribuição, divulgação e comercialização de obras audiovisuais no país por distribuidoras brasileiras independentes; • programação e empacotamento de conteúdo audiovisual. Editorial • produção de planos editoriais de conteúdo técnico, cultural e humanístico, inclusive adaptação de obras editoriais para comercialização em novas mídias; • distribuição, divulgação e comercialização de edições de obras brasileiras no país e no exterior e de obras estrangeiras no país; • desenvolvimento de novos modelos de negócios para a comercialização de obras editoriais em novas mídias; e • implantação, modernização e expansão de editoras e livrarias no país.
Fonográfico • produção de obras fonográficas brasileiras; • distribuição, divulgação e comercialização de obras fonográficas brasileiras no país e no exterior; • aquisição de direitos relacionados a obras fonográficas brasileiras; • implantação, modernização e expansão da infra-estrutura necessária para a produção de obras fonográficas no Brasil; e • desenvolvimento e implantação de novos modelos de negócios para a comercialização de obras fonográficas brasileiras, inclusive adaptação para comercialização em novas mídias.
Espetáculos ao Vivo (música, teatro, dança) No BNDES Procult – Financiamento, considerando a relevância e a prioridade do setor da economia da cultura para o BNDES, o custo financeiro total é um dos menores praticados pelo Banco: TJLP (hoje igual a 6% ao ano) acrescida da taxa de 1,0% a.a. para micro, pequenas e médias empresas. Para as grandes empresas, o custo financeiro é de 7% ao ano acrescido de uma taxa de 2,0% a.a. O financiamento mínimo para apoio direto é de R$ 1 milhão e pode chegar a até 100% dos itens financiáveis, exceto para grandes empresas, cujo limite é de até 80% dos itens financiáveis. Para projetos que desenvolvam novos produtos e criem obras originais brasileiras, há uma grande novidade: uma taxa fixa e única de 4,5% a.a., equiparando-se ao custo das linhas de inovação. O prazo do financiamento pode chegar a 8 anos, incluindo carência. As operações do BNDES Procult – Financiamento poderão, também, ser repassadas pela rede de agentes financeiros credenciados pelo BNDES. BNDES Procult – Renda Variável Destina-se a investimentos, por meio de participação acionária da BNDESPAR, em projetos e planos de negócios em todos os segmentos apoiados, assim como em operações de reestruturação (financeira e societária) de empresas brasileiras sob controle de capital nacional, inclusive fusões e aquisições. A atuação da BNDESPAR, braço de participações do BNDES, é sempre transitória e minoritária. Podem ser apoiadas também as operações de reestruturação financeira e societária, de empresas brasileiras sob controle de capital nacional, inclusive fusões e aquisições de outras empresas e/ou de carteiras de clientes. As inversões em Fundos de Investimento Cultural e Artístico – FICARTs, a exemplo das já efetuadas hoje em Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional – FUNCINEs, passarão a constituir também opções de aplicação de renda variável dos recursos do BNDES Procult para os demais setores. Continuarão sendo promovidos anualmente os editais para a produção e finalização de filmes nacionais. Os filmes selecionados são apoiados por meio da aquisição de certificados de investimento audiovisuais e conferem ao BNDES uma receita de royalties sobre os seus resultados. No BNDES Procult – Renda Variável, o BNDES pode utilizar a renúncia fiscal prevista na Lei do Audiovisual ou recursos operacionais próprios. BNDES Procult – Não Reembolsável O foco estratégico da ação não reembolsável do BNDES continua sendo a preservação e revitalização do patrimônio histórico brasileiro, com foco na restauração de monumentos, revitalização de centros históricos e preservação de acervos. Com essa ação, o BNDES visa promover tanto a preservação da memória nacional como o desenvolvimento econômico, com a dinamização do ambiente urbano e do turismo. Poderão ser desenvolvidas ainda ações estruturantes voltadas para o desenvolvimento das cadeias produtivas da Economia da Cultura. Os recursos não reembolsáveis do BNDES Procult – Não Reembolsável podem ser provenientes de renúncia fiscal com base na Lei Rouanet, além de dinheiro próprio do BNDES, oriundo de seu Fundo Cultural.

www.cultura.gov.br - acessos no dia 01/12/2009

OPINIÃO DO SANTA

Salão Elke Hering no Santa!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Passei prum olá


sorria.

Matérias de interesse cultural, no Santa de hoje. Créditos para a jornalista Wania Bittencourt, que expõe (não com estas palavras) o genocídio cultural perpetrado pela gestão Knaesel a frente da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte.


E tem o opinião do Santa, tbém - http://tinyurl.com/ya36tay

sorria, mesmo q amarelol].

Arte precisa espaço para viver!

As palavras de Daiana e Ricardo inspiraram-me para tirar esta foto.

Novo livro de Douglas Zunino “A Motocicleta Azul” fala da geração colorida

Dia 10 de dezembro, no Farol bar e restaurante, em Blumenau, na praça do estudante, a partir das 20h, será lançado o livro de poemas “A motocicleta azul” de Douglas M. Zunino. “É um livro que remete ao sonho de liberdade da juventude”, diz o poeta. “Tive uma namorada que tinha uma motocicleta azul... É um livro nostálgico, que fala da minha geração, que viveu a abertura política, o rock and roll e a rebeldia hippie. É o relato de uma época, sem perder a visão do presente.” Com bela capa do artista plástico Telomar Florêncio, o livro teve o apoio do Fundo Municipal de Cultura.

O poeta
Douglas M. Zunino, há quase duas décadas vende seus livros de mão em mão. Já participou de vários projetos de arte, como: Projetando Poesia, Arte Voluntária, Instantâneos e movimentos culturais importantes na cidade como Poetas Independentes e MP-Blu – Movimento da Música e Poesia Blumenauense.

Atrações
Na noite será apresentado o vídeo-poema “A motocicleta azul”, com edição de Rafael Rubeck e produção de Cláudio Peruzzo Jr , que fará também exposição de fotografias e obras de Telomar Florêncio.A noite também terá música, com os parceiros musicais de Zunino (Aroldo, Orly , Baiano, Daian, Piti, Jairo Adriano e Claudio Romero).

Leia a entrevista que Douglas Zunino concedeu ao Sarau Eletrônico Aqui

Escolha o filme da próxima sessão do



Acontece no dia 10 de dezembro, quinta-feira, a última exibição do CineMãe deste ano de 2009. Os pais podem dar sugestões e também votar nos filmes indicados. O filme mais votado será exibido na próxima sessão, que acontece no Cine Teatro Edith Gaertner. A promoção é aberta ao público, com entrada gratuita.

No último dia 23 encerrou o prazo para a indicação de 3 filmes para essa exibição. Os mais votados foram:
- A Excêntrica Família de Antônia, de Marleen Gorris - Para ler a sinopse clique aqui!
- Tomates Verdes Fritos, de Jon Avnet - Para ler a sinopse clique aqui!
- Volver, de Pedro Almodóvar - Para ler a sinopse clique aqui e aqui também!

Você pode escolher, dentre os indicados, o filme a ser exibido na próxima sessão do CineMãe através do e-mail bibliotecadoarquivo@fcblu.com.br ou pelo telefone 3326 7514, com Gláucia.

Lembrando que os filmes são para entretenimento dos adultos, e a sala de cinema da Fundação, para o CineMãe, está com som reduzido, trocador, ambiente climatizado e levemente iluminado. O CineMãe é um programa de cinema para mamães com seus bebês de até 18 meses, onde pais e acompanhantes também são convidados.


O CineMãe tem o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, Antena 1, Banco de Leite Humano, Comitê Regional do Aleitamento Materno e Piracema do Bem Nascer. Você também pode apoiar o CineMãe, entre em contato!
Fonte: Gláucia Maindra da Silva, coordenadora do CineMãe (3326 7514 e 9911 0763)Jornalista: Marilí Martendal MTb/SC 00694 JP. 3326 8124 e 9943 0235.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Zuleica

Zuleica

Viegas Fernandes da Costa

Entre uma carimbada e outra, seus olhos buscavam ansiosos os confins do corredor, por onde deveria chegar o entregador da floricultura. “Flores para a senhora Zuleica!” E Zuleica, ruborizada, levantava da sua mesa sem computador – a única mesa sem computador naquela repartição – tropeçando em suas pernas desengonçadas, coçando o buço do rosto, recolhendo seu peito magro e surpreso. “Flores para Zuleica!”, repetia o coro de matracas corroídas pela inveja. Dia sim, dia não, o entregador anunciava o mimo daquele admirador que Zuleica tão bem guardava em seus segredos, sempre uma floricultura diferente, sempre as mesmas rosas vermelhas. Zuleica, tão insignificante em seu trabalho de carimbar livros, tão sem graça em seu corpo murcho, sob aquele buço infame, naquela voz inaudível de funcionária servil. Mas havia a rotina daquelas flores a torná-la notável, personalidade invejada. “Que tens tu, Zuleica, que moves assim um homem a tantos agrados?”, perguntava-lhe a supervisora, que já proibira Zuleica a afronta de ostentar flores sobre sua mesa – a única mesa sem computador naquela repartição. E então Zuleica tomava do buquê, dia sim, dia não, no recôndito dos seus braços magros, em abraço relicário, e voltava para seus carimbos. As flores, guardava-as em vaso delicado – herança de uma mãe que não a viu nascer – no chão atrás de si. Ainda assim, escondidas e encolhidas a um canto do chão, emanavam um certo brilho, uma sentença de desafio, uma onipresença que obrigava a todas, as outras, tão bonitas e bem cuidadas, a cogitar mil intimidades de Zuleica, dos segredos cerrados em seus lábios emudecidos, sob sua pele pálida e mal nutrida. Mas Zuleica, tal qual uma Macabéa de desdita já narrada, nasceu para a desventura e, certo dia, manhãzinha, encomendava rosas na florista e ditava “escreve aí, para Zuleica, amor da minha vida”. Doutro canto da salinha, ali, recostada ao biombo, escolhendo buganvílias, a supervisora sequer volveu o rosto. Reconheceu voz e mistério: as rosas de Zuleica, são rosas de uma mulher sozinha.
Ao chegar na repartição, desfiados os “bom-dias”, Zuleica sentou-se a sua mesa – a única mesa sem computador naquela repartição – e, entre uma carimbada e outra, seus olhos buscavam ansiosos os confins do corredor, por onde deveria chegar o entregador da floricultura. “Flores para a senhora Zuleica!” E quando Zuleica, ruborizada, levantou, tropeçando em suas pernas desengonçadas, a supervisora sussurrou-lhe ao ouvido, “estive lá, escolhendo buganvílias”. Maldade insuportável! Zuleica compreendeu tudo, a mentira que construíra, a humilhação e as ironias. E antes que se esboçasse o primeiro riso de escárnio, correu desesperada, com a vida mais vazia que nunca, correu à sacada, projetou-se no vazio e encontrou a pedra fria.

domingo, 29 de novembro de 2009

Salão Elke Hering





Com o intuito de inserir a cidade no circuito nacional de artes visuais, o Salão Elke Hering foi criado em 1994 pela Fundação Cultural de Blumenau. Realizado bianualmente o salão teve oito edições, que permitiram a regularidade da participação de artistas, críticos e público na discussão daquilo que há de mais contemporâneo nas artes visuais.
Um salão de arte seleciona trabalhos inéditos feitos por artistas de todo o país. Esta seleção é constituída por jurados que definirão quais os trabalhos estão em maior consonância com a linguagem contemporânea. Por isso, a existência de um salão de arte é fundamental para qualificar a produção e a reflexão artística em uma região, inserindo-a nos debates nacionais. Enquanto as bienais de arte são as referências da produção internacional, o salão é o espaço de referência da produção nacional.
Dentre os diversos salões do Brasil, o Elke Hering conquistou ao longo de sua trajetória uma posição de destaque e credibilidade, fazendo com que a cada ano a participação de artistas, em termos qualitativos e quantitativos, só tem aumentado. Além disso, nas últimas edições o salão constituiu uma política educativa para formação de público através de monitorias para visitação das escolas e do público em geral. Este processo foi fundamental na medida em que houve uma maior participação da sociedade, fazendo com que a arte definitivamente possa cumprir com o seu papel.
Infelizmente, vivemos dias tristes para a arte em nossa cidade. Após oito edições ininterruptas do Salão, este será o primeiro ano que ele não acontecerá. Com alegações diversas, muitas vezes desencontradas, a Fundação Cultural de Blumenau não realizará um evento desta importância. No mês de novembro (data prevista para abertura do salão) onde teríamos possibilidades de fruição dos trabalhos contemporâneos, temos somente salas vazias. Mas o silêncio e as paredes em branco dizem muito para nós. Afinal, atualmente o vazio é o maior símbolo da política pública para a arte em Blumenau.
Daiana Schvartz

Artista visual

sábado, 28 de novembro de 2009

Derrubem os muros!




Os esforços de todos os poderes estabelecidos para aumentar os meios de manutenção da ordem nas ruas culmina finalmente na supressão das ruas.

Guy Debord. A Sociedade do Espetáculo. p.172


Blumenau passa por dois movimentos diferentes e complementares que constroem sua urbanização e as experiências humanas no espaço da cidade. De um lado, um profundo investimento na folclorização do cotidiano através de uma estética kitsch,[1] que foi iniciado nos anos 1980, e levou para um contínuo investimento econômico e discursivo na identidade germânica e surgimento de uma cidade parque-temático. Erigida como uma cidade cenográfica, feita para o turista e por isso carregada de simulacros, Blumenau tornou-se um dos exemplos típicos da sociedade do espetáculo[2]. O curioso é que este dito “resgate” da identidade local, nada mais tem feito do que garantido um processo de homogeneização do espaço, já que não dialoga com o cidadão local e sim com o turista acidental. Assim, mesmo que carregada de uma imagem histórica, não faz necessariamente referências do passado local, mas, sobretudo, reproduz modelos muito próximos de um padrão mundial das redes de fast-food, shopping centers e parques temáticos.

O outro movimento refere-se da privatização dos espaços públicos pela especulação imobiliária e a conseqüente gentrificação (enobrecimento das áreas com expulsão da população mais pobre da cidade). Através de políticas públicas e investimentos privados áreas “revitalizadas”, são na verdade, revalorizadas pelo mercado imobiliário e com isso, levam a população empobrecida para distâncias ainda maiores das melhores áreas e dos equipamentos urbanos. Ou seja, normalmente os projetos que pretendem revitalizar estão justamente implicados em retirar as vivências populares dos territórios.

Este processo fica ainda mais evidente nas discussões políticas locais em que a tônica esteve na restrição de liberdades democráticas fundamentais da população: o toque de recolher, a proibição de bebidas nas praças, a perseguição dos malabaristas, a restrição de grupos próximos das escolas, a implantação incessante de câmeras pelas ruas etc. Estas restrições pontuais e sutis estão pautadas em uma divisão da sociedade entre o “homem de bem” e o “homem do mal” e, por isso, ao invés de buscar soluções para os problemas de conflitos urbanos, acabam aumentando a segregação social e simbólica e esvaziando ainda mais as possibilidade de vivências no espaço público. Esta concepção de cidade tende a se caracterizar como uma cenografia em tempo real e permanente, onde a experiência urbana cotidiana acaba resumida a circulação disciplinada por princípios segregadores e despolitizadores. Este processo de empobrecimento da experiência urbana tornou o medo permanente e, por isso, a constante reivindicação da própria população de mais vigilância e mais controle sobre si mesma. Só que esta mesma vigilância acaba produzindo ainda mais medo: o medo da rua, o medo da diferença, medo do contato e, sobretudo, o medo de estar fora do controle.

Não há o que comemorar com os vinte anos de queda do muro de Berlim. Desde então muros reais e simbólicos não cessam de serem erigidos em nossas cidades. Esta mercantilização do espaço nos divide e separa, e com isso, nos retirou o poder de decisão e ação sobre as possibilidades de circulação, socialização e trocas no espaço urbano. Além disso, não cessa de nos retirar a própria possibilidade da existência de uma experiência física urbana enquanto prática cotidiana.


Derrubem os muros!

Eles não servem para nos proteger.

Eles servem para nos separar.


Ricardo Machado, novembro de 2009.


[1] Como já longamente foi discutido pela historiadora Maria Bernadete Ramos Flores na obra Oktoberfest

[2] Fazendo referencia ao conceito de Guy Debord de 1967. Além dele, autores contemporâneos como Paola Berentein Jacques fazem uso da sociedade do espetáculo para discutir as apropriações da experiências urbanas pelo capital.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Clio no Cio


GRUPO DE DISCUSSÃO CLIO NO CIO

Convida para a Palestra

ARQUEOLOGIA DOS PRAZERES

COM Fernando Santoro

30 de Novembro - Segunda-feira
Auditório do Bloco J da FURB
19 horas
Entrada Gratuita
contato: clionocio@gmail.com


“Nunca a destruição, mas a moderação. Não o excesso, mas o equilíbrio, a medida, a ocasião apropriada, os modos. Por isso, o uso dos prazeres requer um saber dos prazeres, um saber que pode regulá-los de acordo com o melhor. Os prazeres podem ser uma força perturbadora, mas apenas quando estão sem rédea, sem comando, sem seu cocheiro, para usar mais uma metáfora platônica”.


Arqueologia dos Prazeres é o mais recente livro de Fernando Santoro, professor do Departamento de Filosofia da UFRJ, que resgata a discussão acerca das relações dos prazeres entre os filósofos gregos.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Edital Exposições Temporárias Museu Victor Meirelles

Edital Exposições Temporárias
Museu Victor Meirelles 2010

Até o dia 15 de dezembro estão abertas as inscrições para o Edital Exposições Temporárias 2010 do Museu Victor Meirelles, de Florianópolis - SC, vinculado ao IBRAM/MinC.

O Edital prevê a seleção de quatro propostas de exposição que serão realizadas no Museu Victor Meirelles entre abril de 2010 e fevereiro de 2011. As exposições são apresentadas no andar térreo do Museu, situado na casa onde viveu o artista Victor Meirelles, edifício histório no centro da cidade de Florianópolis.

A sala de exposições possui pequenas dimensões, de cerca de 40m 2 , e características arquitetônicas marcantes, o que tem conferido um caráter mais específico para as montagens e permitindo diálogos produtivos entre a arquitetura e as intervenções e propostas expográficas de cada exposição.

Nesta edição do Edital, a Comissão Consultiva, responsável pela seleção das propostas, será formada por 07 profissionais atuantes no panorama artístico catarinense, incluindo artistas, pesquisadores e profissionais das áreas de curadoria, critica, gestão institucional, museologia, conservação e educação: Charles Narloch, Fernando Lindote, Raquel Stolf, Ana Lucia Vilela, Ângela Paiva, Rosivaldo Flausino e Julia Amaral (representante da Associação dos Amigos do MVM).

Além disso, em 2010, o Museu pretende retomar a publicação da revista eletrônica “um ponto e outro”, que foi desenvolvida entre 2006-2007 reunindo uma série de textos críticos, entrevistas, imagens e material de apoio e pesquisa sobre cada mostra do programa. O Programa também conta com mediações especializadas desenvolvidas pelo setor educativo da instituição. Considerando a complexidade da produção de arte contemporânea e a importância de sistematizar e mediar estes conteúdos junto ao público, estas iniciativas são estratégias fundamentais para contribuir para a qualificação do Programa.

Nos últimos anos, o Programa tem contado com importantes mostras de artistas convidados, trazendo exposições inéditas para o estado, com artistas como: Leonilson, Waltércio Caldas, Rubens Mano, Daniel Senise e Brígida Baltar, entre diversos outros. Os artistas selecionados também representam uma amostra muito rica da produção no país, incluindo uma crescente diversidade de abordagens, pesquisas e linguagens.

Neste sentido, vale destacar que o Programa de Exposições do MVM constitui uma referência importante para a formação de público, estímulo à produção artística e uma possibilidade singular de reflexão e debate sobre a arte contemporânea.
Para saber mais sobre o Edital, os artistas interessados poderão acessar o regulamento, plantas baixas e fotografias da sala de exposições temporárias no site do Museu: www.museuvictormeirelles.org.br

Concerto de Natal

Lançamento "Particularidades", Nane Pereira - hoje!



Particularidades estará à venda a partir da data de lançamento no dia 26 de novembro.
Preço: R$ 14,90
Local: Livraria Alemã Mega Store
Rua Amadeu da Luz, 260
Blumenau – SC

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Resmungo, de Ferreira Gullar

A crise chega ao mercado de artes
Por Ferreira Gullar
A crise econômica mundial, assim como atingiu a Fórmula 1, atingiu também o mercado de arte, que vende, desde pintura e escultura, até instalações e coisas que tais. Um dos artistas mais atingidos pela crise foi Damien Hirst, famoso por exibir animais cortados ao meio e mergulhados em formol. Ele é o campeão de vendas, tendo como compradores ricaços que, a meu juízo, estão mais preocupados em investir do que em usufruir de prazer estético. Mas no mundo há gente para tudo, até mesmo quem se delicia contemplando um tubarão cortado ao meio dentro de uma caixa de vidro cheia de formol. É o que chamo de "arte caninha 51, uma boa idéia!" A última notícia a respeito de Hirst é que um de seus tubarões, apesar do formol, está apodrecendo. Um mau investimento.
Este resmungo foi originalmente publicado AQUI

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sarau Eletrônico publica entrevista com o escritor Adolfo Boos Jr.

O escritor Adolfo Boos Júnior, apesar de não ter sido um dos fundadores do Círculo de Arte Moderna de Santa Catarina, o Grupo Sul (participou dele quando este já estava quase encerrando suas atividades, na década de 1950), carrega na sua obra o espírito daquele movimento, seja por seu caráter de experimentação, seja na radicalidade da sua proposta artística. Para Boos, em entrevista concedida ao Jornal Rascunho, “o escritor não tem que descer ao patamar do leitor, ele tem que trazer o leitor mais para perto da sua linguagem”. Ou seja, da mesma forma como os modernistas do Grupo Sul, na literatura de Boos o que importa é o uso que se faz da linguagem associado àquilo que se tem a dizer, o rigor estético e social do texto, sem concessões aos leitores e ao mercado editorial.
Em plena atividade literária, Boos é autor de uma obra densa e consistente. Publicou os livros “Teodora & Cia” (contos, 1956), “As Famílias” (contos, 1980), “A Companheira Noturna” (contos, 1986), “Quadrilátero” (romance, 1986), “O Último e Outros Dias” (contos, 1988), “Um Largo, Sete Memórias” (romance, 1997), “Presenças de Pedro Cirilo” (romance, 2001) e “Burabas” (romance, 2005). Leitor de William Faulkner, teve sua literatura nitidamente influenciada por este, principalmente no que diz respeito ao uso do foco narrativo e do fluxo de consciência.
Em julho de 2009 Adolfo Boos Júnior recebeu a equipe do Sarau Eletrônico em sua residência, no bairro de Coqueiros, Florianópolis. Muito bem humorado, transformou o que era para ser uma entrevista, em longo e agradável bate-papo. Antes mesmo de ligarmos o gravador, disparou a falar a respeito da sua história com o Grupo Sul, e da amizade que priva com o casal Salim Miguel e Eglê Malheiros. Revelou ainda aspectos da sua biografia, da sua trajetória como bancário no Nordeste brasileiro, do seu compromisso ético com a literatura e do seu envolvimento com a fé espírita.
Liberto e irreverente, aqui Boos transgride os questionamentos propostos e desfia o novelo de uma memória irrequieta e, como toda memória, dona de uma lógica própria.
A entrevista foi realizada por Viegas Fernandes da Costa, e as fotos são de autoria de Darlan Jevaer Schmitt). O endereço do Sarau Eletrônico é www.bc.fur.br/saraueletronico .

Daiana Schvartz no Wooster Collective

O trabalho da artista visual Daiana Schvartz está no Wooster Collective. Trata-se de um endereço virtual internacional que é uma verdadeira celebração da arte de rua.
Os trabalhos podem ser acessados no endereço: http://www.woostercollective.com/

Informe Comitê Pró-Federalização da FURB

Informe Comitê Pró-Federalização da FURB
Avaliação da Conferência sobre PLS 295/2005 do Senado Federal
Blumenau (SC), 23 de novembro de 2009.

A Conferência da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, realizada na Câmara de Vereadores de Blumenau, no dia 09 de novembro passado, para discutir o Projeto de Lei do Senado (PLS) 295/2005 e a conseqüente possibilidade de instalação no Vale do Itajaí de uma universidade federal, com a participação da Universidade Regional de Blumenau (FURB), significou um marco. Ela delimita as etapas do nosso movimento, da fase reivindicatória para a das negociações e decisões. São três as instâncias envolvidas: a da comunidade universitária e seus Conselhos Superiores; a municipal, com seu Legislativo e Executivo; e a federal, igualmente com seu Legislativo e Executivo.
A seguir, apresentaremos uma síntese do evento, procurando reter os fatores que lhe deram feição, bem como seus desdobramentos e implicações.

A Conferência

Marcada para realizar-se durante a tarde do dia 9 de novembro, segunda-feira, a escolha do Plenário da Câmara de Vereadores de Blumenau como local da Conferência visou a assinalar o caráter público da FURB, como autarquia municipal instituída por Lei emanada daquele Legislativo. A transmissão ao vivo, em cadeia formada pela TV Legislativa (cabo) e pela FURB TV (cabo e aberta), repetida por esta à noite, tencionou, uma vez mais, tornar público o que se discutia.
À massiva afluência de cidadãos, que superlotou o recinto e inviabilizou a entrada de tantos mais, somou-se à diversidade de origens sociais dos mesmos, o que conferiu grande representatividade para a Conferência. Citamos a forte presença de estudantes, de lideranças comunitárias, empresariais, trabalhistas e políticas, originários de vários municípios da região, em especial Blumenau e Gaspar, bem como dos servidores da FURB, com ampla cobertura dos meios de comunicação: televisões, rádios e jornais.
Sentaram-se à mesa diretora dos trabalhos três reitores: da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC) e da FURB. Também a compuseram altos responsáveis do Ministério da Educação (MEC), nomeadamente da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e da Secretaria de Educação Superior (SESU), bem como o deputado federal Cláudio Vignatti. Completaram-na o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Ensino Superior de Blumenau (SINSEPES), o presidente da Associação Comercial e Industrial de Blumenau (ACIB), o vice-presidente da Associação dos Professores da UFSC (APUFSC), o vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE-FURB), o representante da Prefeitura de Blumenau, e o coordenador do Comitê Pró-Federalização da FURB. Presidiu os trabalhos a senadora Ideli Salvatti, relatora do PLS 245/2005 na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal.
Inicialmente, os oradores discorreram sobre as dificuldades de se efetuar, no sentido estrito, a federalização da FURB, ou seja, a sua simples transferência do município de Blumenau para a União. Simultaneamente, reconheceram a importância de se viabilizar um modo de incorporar os estudantes, os servidores e o patrimônio da FURB, dado o seu caráter, a sua História e a importância que lhe é reconhecida, em uma nova universidade federal, a ser criada na região.
O professor Eduardo Deschamps, reitor da FURB, expôs a sua trajetória, dimensionando o significado da Universidade para a região, através da diversidade das carreiras oferecidas, das pesquisas científico-tecnológicas e dos serviços prestados à comunidade, para além do número de profissionais que formou. Seu propósito foi o de fundamentar a reivindicação do estabelecimento de parceria, entre a Instituição e o MEC, para a construção da nova universidade federal.
Reitor da UFSC, o professor Álvaro Toubes Prata entende que a implantação de uma universidade federal na região é assunto de Estado, por conseguinte, independente de quem esteja no governo, e que não se pode descartar nenhuma hipótese para o pleno atendimento das reivindicações da comunidade.
Por sua vez, o professor Cláudio Adalberto Koller, reitor do IFC, frisou que o Instituto Federal apóia a reivindicação apresentada e que deseja atuar em conjunto com os diversos atores que a sustentam. Mencionou, igualmente, que o IFC já trabalha com a FURB na consecução de objetivos comuns, como a oferta de Ensino Superior Tecnológico, por meio da criação em conjunto de novos cursos, da formação do corpo técnico do IFC, e das tratativas sobre a cedência de um terreno da FURB para que suas instalações, de imediato, sejam ampliadas.
O deputado federal Cláudio Vignatti defendeu o encaminhamento que vem sendo dado pelo movimento FURB Federal, lembrando que algo semelhante ocorreu quando da conquista da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em implantação no Oeste do Estado, e nas regiões adjacentes do Paraná e do Rio Grande do Sul. Ana Paula Lima, deputada estadual, respaldou os procedimentos até aqui adotados e sublinhou a importância do entendimento entre as partes negociadoras.
O professor Valmor Schiochet, coordenador do Comitê Pró-Federalização da FURB, destacou a crescente força do movimento pela FURB Federal. De seguida, pediu o empenho das autoridades competentes quanto à compreensão das especificidades regionais, e ao atendimento de uma reivindicação republicana, qual seja, o direito de todos os cidadãos acederem à Educação Superior, a que compete ao Estado atender, universalizando o acesso à ciência e à tecnologia.
O coordenador-geral de Expansão da Rede Técnica, falando em nome da SETEC, reconheceu a justeza da reivindicação, mas lembrou que o caminho é longo. De todo modo, ele deverá passar por um projeto de iniciativa do MEC, a ser enviado ao Congresso Nacional, para que os poderes instituídos possam avançar para a implantação da desejada universidade federal na região, com ou sem a parceria com a FURB. Pela SESU, Edson Cáceres igualmente reconheceu a pertinência da demanda posta pela nossa comunidade, e anunciou que a Secretaria de Ensino Superior tomará parte no grupo que estudará a viabilidade do projeto FURB Federal para a instalação de universidade federal no Vale do Itajaí.
Túlio Vidor, presidente do SINSEPES, reafirmou a disposição dos servidores em participar deste projeto, o que ficou definido por ampla maioria, desde o plebiscito às comunidades universitária e regional, em maio de 2008. Já o presidente em exercício da APUFSC, professor Rogério Portanova, salientou a importância da iniciativa e expressou o apoio dos professores da Associação ao projeto FURB Federal, tendo-se colocado à disposição para auxiliá-lo a atingir seu objetivo. Por fim, em nome dos estudantes, falou Arthur Hank, que se somou às posições dos oradores que o precederam, mas pediu mais atenção dos poderes públicos para a educação dos jovens. Para ele, o que se vem fazendo é positivo, porém são necessárias ações ainda mais rigorosas para que sejam colmatadas as deficiências de formação com que se defrontam os jovens.
A senadora Ideli, na condição de relatora do PLS 295, de autoria do ex-senador Leonel Pavan, anotou os posicionamentos e apresentou um conjunto de encaminhamentos a implementar, os quais foram aceitos pelos presentes à Conferência:
1. apresentar duas emendas ao PLS 295, procedente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Deste modo, além do anteriormente estabelecido (cedência do patrimônio e transferência dos estudantes), ficará o Executivo Federal autorizado a requerer a) a cedência dos servidores da FURB à nova Universidade Federal, mediante autorização expressa em Lei pelos poderes Legislativo e Executivo de Blumenau e b) denominar Universidade Federal do Vale do Itajaí à nova instituição, substituindo a designação anterior: Universidade Federal de Blumenau, no propósito de reforçar seu caráter regional;
2. organizar grupo de trabalho composto por representantes da FURB, da comunidade regional, do MEC, da UFSC e do IFC com o propósito de coordenar e acompanhar os estudos sobre as condições jurídicas e orçamentário-financeiras que viabilizarão a proposta FURB Federal. A esta ação, soma-se a proposta de elaboração de Plano Político Pedagógico da nova Universidade Federal, conforme Projeto a apresentar ao MEC pelo Grupo Executivo (Comitê e Reitoria). Para tanto, já estão disponíveis as verbas necessárias para cobrir as despesas decorrentes. Elas foram viabilizadas por meio de emendas apresentadas ao Orçamento da União pelos deputados federais Cláudio Vignatti e Décio Lima, no total de R$ 200 mil. Os estudos incluem encontros com as comunidades de cada um dos 14 municípios integrantes da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI), bem como oficinas preparatórias e conferência final, para discussão e aprovação da documentação a ser enviada ao MEC. Estas atividades de estudos e mobilização comunitária deverão ser executadas durante o primeiro semestre de 2010;
3. as atuais negociações entre a FURB e o IFC passariam a ser parte de um laboratório voltado à integração da FURB com a futura Universidade Federal. Elas incluem organização conjunta de cursos profissionalizantes e de graduação, a cedência de professores e de um terreno, no Campus V da FURB, para o IFC construir as suas salas e laboratórios,
4. compromisso da senadora Ideli Salvatti de, em 2010, registrar emenda ao Orçamento da União de 2011, cujo montante irá de R$ 10 a 15 milhões, para possibilitar a execução do projeto de integração entre os entes municipal e federal e dar início à implantação do Projeto FURB Federal, de acordo com os resultados dos estudos técnicos.

Avaliação do Comitê

A Coordenação do Comitê entende que os encaminhamentos propostos na Conferência representam efetivos avanços na construção das condições políticas para se obter definição do governo federal (MEC) a respeito da Proposta FURB Federal.
Em especial é preciso destacar:
a) a inclusão de emenda no PLS 245/2005 que prevê o instituto da cedência dos servidores da FURB para a nova Universidade;
b) pela primeira vez, o MEC assumiu compromisso de acompanhar e participar da agenda de trabalhos envolvendo estudos sobre a proposta;
c) o comprometimento da senadora Ideli Salvatti com a alocação de recursos, no Orçamento da União de 2011, para se iniciar a implantação do Projeto.

Há, por outro lado, uma expectativa por parte do MEC de que possamos demonstrar na prática as nossas teses por meio de um “Projeto Piloto”, o qual envolve a efetivação de parceria entre a FURB e o IFC com vistas à construção do Campus que o Instituto deverá implantar em Blumenau.
Objetivamente, esta parceria envolve a cessão ao IFC de terreno da FURB, a ação conjunta para a oferta de cursos e o teste das possibilidades de cedência de servidores da FURB ao Instituto.
O Comitê entende que a parceria FURB ‒ IFC não modifica a proposição estratégica constante do Projeto FURB Federal. Trata-se apenas de um ensaio prático para operacionalização de proposições que envolvem a necessária parceria entre o Município de Blumenau (por meio da FURB) e a União.
No entanto, considerando que este “laboratório” envolve decisões objetivas, como a cessão de bem imóvel da FURB para a União, a comunidade universitária necessita de maiores garantias institucionais quanto à implantação do Projeto FURB Federal ou de outras formas compensatórias. Ao mesmo tempo, não podemos deixar de afirmar a nossa condição de instituição pública a serviço do bem público na região do Médio Vale do Itajaí.
O problema adicional diz respeito à agenda de definições. Aquelas relativas à parceria FURB – IFC são imediatas, enquanto a agenda de definições relativas ao Projeto FURB Federal está reservada para o próximo ano.
Nestas condições, precisamos aprofundar as avaliações e percepções dos diversos atores que estiveram na Conferência a respeito dos encaminhamentos propostos. É necessário manter permanente negociação com o MEC e com a senadora Ideli Salvatti (relatora do Projeto do Senado) para avançarmos na direção de compromissos mútuos mais claros frente às conseqüências das decisões a serem tomadas.
A Coordenação do Comitê tem clareza de que a ação estratégica a ser implementada diz respeito, quer ao conjunto dos estudos técnicos, quer aos debates a se realizarem com a comunidade regional no próximo semestre e, principalmente, com a nossa capacidade política para mantermos unidade estratégica e demonstrarmos forte adesão, nos planos interno e externo, ao Projeto FURB Federal. Destarte, eventuais decisões táticas a respeito da relação FURB – IFC deverão contribuir de forma decisiva para a definição do governo Federal quanto à implantação da nossa estratégia, a qual obteve massivo apoio por ocasião do plebiscito.
Devemos nos manter, para tanto, firmes na defesa e demonstração da viabilidade institucional do Projeto FURB Federal, aliada à capacidade de negociação que permita a manutenção de canais abertos de diálogo com o Executivo Federal, com o Congresso Nacional e com os apoiadores estratégicos do nosso movimento.

Coordenação Colegiada
Comitê Pró-Federalização da FURB