Aproveitando a oportunidade, já que o tema apareceu aqui, sinto que é necessário juntar nossas subjetividades urbanóides-século XXI e reiventar, permanentemente, as políticas culturais.
Tenho visto que fórmulas e mais fórmulas são copiadas e adaptadas ao local. Já é um avanço a diminuição da cópia pura. Mas ainda assim, não rompemos com o "day-by-day" da cultura: aquela perspectiva que prioriza o eterno enraizado.
Incomoda perceber que o "zeitgeist" da época tem nos vencido e transformado as multidões em indivíduos solitários, frios, egoistamente voltados tão-somente a si. Sei que muitos integrantes deste blogue coletivo não se deixam levar e ainda dançam ciranda. Mais é justamente aí que reside a vitória da opressão: enquanto brinco, viro as costas e peido em direção ao mundo.
Mesmo correndo o risco do burocrático, mas pensando na invenção ou re-invenção do mundo, sugiro um Fórum tesudo por tesão. Esse tesão que só a cultura acende têm que ejacular e fecundar "protomutantes", como sugere o Roberto Freire.
Peguemos pincéis, canetas, máscaras, partituras, silêncio, sapateado, enfim, e passemos a dar vida as políticas públicas de cultura. E que estas sejam sempre postas a mesa, dissecadas para que quando estiverem putrefadas, sejam enroladas e tornadas múmias.
Um Observatório de Políticas Culturais, diverso e infindável que produza cidadania, que rompa barreiras, que inclua/exclua, que acalente, bafore cigarro na cara das pessoas, gire/alterne/rompa as ordens. Que faça a roda do intelecto andar.
Não?
4 comentários:
Oe Marcito,
Sabe que eu também adoro o Roberto Freire, rapaz?! Até já me travesti dele num trabalho pra faculdade.
E se a gente fizesse política cultural comemorando nossos "não-aniversários", trocando hálito e escutando-fazendo música? Sem pretensão; parando o tempo com nossos tambores e todo o resto se dá por acaso. Por mais que nossas cirandas sejam ilhas - façamos um arquipélago! Até pq, abrindo parênteses, desconfio muuuiitttoo que a "inclusão cultural" é uma forma de aculturação boazinha. E nós não somos jesuítas descolados.
Não?
Hummm.
Eu quero ser um velhinho como ele e só falar sobre TESAO.
Então....vivemos dias de aquecimento global. Muitos arquipélagos sucumbirão diante da espuma do mar. Precisamos ser continentes, continentes com cordilheiras altas.
c'est vré mons amis: Sem tesão não há solução!
bora, vamos amanha na câmara fazer esse fórum libidinoso aí!
(muito legais teus textículos libidi, nos encantar é preciso, e eu estou tocado... toquemos em frente, reforcemos o front!)
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