terça-feira, 3 de novembro de 2009

Zé do Mato e os Índios Botocudos, na Temporada Blumenauense de Teatro.


A Fundação Cultural de Blumenau e os grupos de teatro da cidade apresentam de quarta a domingo, 4 a 8, o espetáculo Zé do Mato e os Índios Botocudos, na Temporada Blumenauense de Teatro. A peça é o terceiro trabalho do Grupo K, com direção de Rafael Koehler. O espetáculo é baseado na obra Antígona, de Sófocles, e adaptada pelo próprio grupo. As apresentações acontecem sempre às 20h, na Fundação Cultural de Blumenau. Ingressos com o Grupo ou no local, a R$ 10 inteira e R$ 5 meia-entrada (apresentando filipeta da Temporada ou carteirinha do Clube do Assinante). Informações sobre a Temporada de Teatro são possíveis pelo telefone 3326 6873 ou no site www.fcblu.com.br

A peça conta a história de Zé do Mato e a Cia. de Pedestres dos Irmãos Martins, os grandes caçadores de bugres da região, contratados pelos colonizadores para exterminar as tribos de índios de Santa Catarina, vistas como obstáculos para o progresso. Os colonizadores pagavam os serviços dos bugreiros em troca das orelhas dos índios mortos. Um dia, após mais uma bem sucedida caçada, Zé do Mato e a Cia. de Pedestres foram cercados por um bando de índios. Animados com a possibilidade de conseguir mais algumas orelhas, aumentando seus pagamentos, os bugreiros se lançaram ao ataque. É nesse momento que a história de Zé do Mato e os Índios Botocudos começa, trazendo emoções e gargalhadas misturadas ao suspense.

A pesquisa para a criação do espetáculo durou 14 meses. O trabalho passou por quatro etapas: 1º - pesquisa corpórea atoral: nesta etapa as atrizes criaram cenas baseadas nos trabalhos corporais coordenados pelo diretor Rafael Koehler; 2º - pesquisa sobre contos e lendas de Santa Catarina: trabalho de leitura até encontrar uma lenda que interessasse ao Grupo transformar em espetáculo - foi neste momento que entraram em contato com a lenda Zé do Mato e as Orelhas dos Botocudos, registrada por Isabel Mir Brandt e Maria José Ribeiro no livro Lendas e Causos de Santa Catarina; 3º - pesquisa teórica sobre fatos históricos da nossa região que deram origem à lenda; 4º - a união de todas essas pesquisas e materiais levantados, surgindo assim o espetáculo.

Zé do Mato e os Índios Botocudos - o primeiro espetáculo dirigido por Rafael Koehler.

O diretor já teve a oportunidade de trabalhar com nomes importantes na direção teatral blumenauense, como Pépe Sedrez, Roberto Murphy e Pita Belli, cada um com uma pesquisa diferente no meio teatral. Foi unindo pontos de cada técnica vivenciada por ele, pesquisando assim a sua identidade criadora como diretor e acreditando que “para fazer teatro somente uma coisa é necessária: o elemento humano” (Peter Brook), que Koehler se uniu às atrizes Daidrê Thomas e Lú May e deu origem à pesquisa que resultou no espetáculo Zé do Mato e os Índios Botocudos.

A peça que estreou em maio deste ano já foi apresentada em Blumenau, em escolas de Ilhota e em seguida foi convidada a participar da Estação em Movimento – Mostra de Teatro de Grupo, que aconteceu em Uberlândia/MG. Em apenas cinco meses após a estreia, o Grupo K já conseguiu levar para escolas de Santa Catarina e para Minas Gerais não apenas um espetáculo que pode ser trabalhado dentro de sala de aula- tanto como lenda quanto como fato, mas também uma peça sensível, que oferece artisticamente a possibilidade de reflexão sobre a crueldade humana, a falta de importância dada aos índios, sobre os nossos heróis colonizadores, e, principalmente, a reflexão sobre o respeito com o ser humano. A peça é baseada na pesquisa corpórea atoral, na lenda registrada por Isabel Mir Brandt e Maria José Ribeiro, e em fatos históricos da região.

Ficha Técnica

Duração: 40 minutos
Número de Espectadores: 100 pessoas
Classificação Etária: 10 anos
Texto: Rafael Koehler
Baseado no conto de: Isabel Mir Brandt e Maria José Ribeiro
Direção: Rafael Koehler
Atuação: Daidrê Thomas e Lú May.
Sonoplastia: Rafael Koehler
Figurinos: Lú May
Iluminação: Rafael Koehler
Fotos: Joanna Oliari
Arte Gráfica: Léo Kufner
Produção Geral: Grupo K

Apoio: Prefeitura de Blumenau, Fundação Cultural, Casarão das Oficinas, Federação Catarinense de Teatro e Confecções Rio Açu.

Em março de 2005 o Grupo K foi fundado com o intuito de pesquisar o trabalho de ator, aprofundar o estudo teatral e suprir a necessidade de seus fundadores em colocar em prática os conhecimentos advindos do curso de Bacharelado em Teatro da FURB. No mesmo ano foi criada a Temporada Blumenauense de Teatro, uma realização dos grupos de teatro da cidade em parceria com a Fundação Cultural de Blumenau. Os grupos participantes realizam reuniões, discutindo o fazer teatral e estabelecendo o calendário de espetáculos para cada semestre.

O Grupo K e a Temporada Blumenauense de Teatro nasceram na mesma época e caminham juntos realizando apresentações no decorrer destes quase cinco anos de existência. A peça Sujos esteve em cartaz na Temporada em março de 2006, e devido ao sucesso voltou a se apresentar no evento em abril de 2007; a peça O Tapete de Maria esteve em cartaz em outubro de 2007.


Fonte: Rafael Koehler, diretor da peça (9915 3128)
Jornalista: Marilí Martendal – MTb/SC 00694 JP. 3326 8124 e 9943 0235.

4 comentários:

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