O escritor Adolfo Boos Júnior, apesar de não ter sido um dos fundadores do Círculo de Arte Moderna de Santa Catarina, o Grupo Sul (participou dele quando este já estava quase encerrando suas atividades, na década de 1950), carrega na sua obra o espírito daquele movimento, seja por seu caráter de experimentação, seja na radicalidade da sua proposta artística. Para Boos, em entrevista concedida ao Jornal Rascunho, “o escritor não tem que descer ao patamar do leitor, ele tem que trazer o leitor mais para perto da sua linguagem”. Ou seja, da mesma forma como os modernistas do Grupo Sul, na literatura de Boos o que importa é o uso que se faz da linguagem associado àquilo que se tem a dizer, o rigor estético e social do texto, sem concessões aos leitores e ao mercado editorial.
Em plena atividade literária, Boos é autor de uma obra densa e consistente. Publicou os livros “Teodora & Cia” (contos, 1956), “As Famílias” (contos, 1980), “A Companheira Noturna” (contos, 1986), “Quadrilátero” (romance, 1986), “O Último e Outros Dias” (contos, 1988), “Um Largo, Sete Memórias” (romance, 1997), “Presenças de Pedro Cirilo” (romance, 2001) e “Burabas” (romance, 2005). Leitor de William Faulkner, teve sua literatura nitidamente influenciada por este, principalmente no que diz respeito ao uso do foco narrativo e do fluxo de consciência.
Em julho de 2009 Adolfo Boos Júnior recebeu a equipe do Sarau Eletrônico em sua residência, no bairro de Coqueiros, Florianópolis. Muito bem humorado, transformou o que era para ser uma entrevista, em longo e agradável bate-papo. Antes mesmo de ligarmos o gravador, disparou a falar a respeito da sua história com o Grupo Sul, e da amizade que priva com o casal Salim Miguel e Eglê Malheiros. Revelou ainda aspectos da sua biografia, da sua trajetória como bancário no Nordeste brasileiro, do seu compromisso ético com a literatura e do seu envolvimento com a fé espírita.
Liberto e irreverente, aqui Boos transgride os questionamentos propostos e desfia o novelo de uma memória irrequieta e, como toda memória, dona de uma lógica própria.
A entrevista foi realizada por Viegas Fernandes da Costa, e as fotos são de autoria de Darlan Jevaer Schmitt). O endereço do Sarau Eletrônico é www.bc.fur.br/saraueletronico .
Em plena atividade literária, Boos é autor de uma obra densa e consistente. Publicou os livros “Teodora & Cia” (contos, 1956), “As Famílias” (contos, 1980), “A Companheira Noturna” (contos, 1986), “Quadrilátero” (romance, 1986), “O Último e Outros Dias” (contos, 1988), “Um Largo, Sete Memórias” (romance, 1997), “Presenças de Pedro Cirilo” (romance, 2001) e “Burabas” (romance, 2005). Leitor de William Faulkner, teve sua literatura nitidamente influenciada por este, principalmente no que diz respeito ao uso do foco narrativo e do fluxo de consciência.
Em julho de 2009 Adolfo Boos Júnior recebeu a equipe do Sarau Eletrônico em sua residência, no bairro de Coqueiros, Florianópolis. Muito bem humorado, transformou o que era para ser uma entrevista, em longo e agradável bate-papo. Antes mesmo de ligarmos o gravador, disparou a falar a respeito da sua história com o Grupo Sul, e da amizade que priva com o casal Salim Miguel e Eglê Malheiros. Revelou ainda aspectos da sua biografia, da sua trajetória como bancário no Nordeste brasileiro, do seu compromisso ético com a literatura e do seu envolvimento com a fé espírita.
Liberto e irreverente, aqui Boos transgride os questionamentos propostos e desfia o novelo de uma memória irrequieta e, como toda memória, dona de uma lógica própria.
A entrevista foi realizada por Viegas Fernandes da Costa, e as fotos são de autoria de Darlan Jevaer Schmitt). O endereço do Sarau Eletrônico é www.bc.fur.br/saraueletronico .
Nenhum comentário:
Postar um comentário