Foi uma experiência que fica marcada. Empolgado, eu? Nossa!
A 4ª Conferência Municipal de Cultura de Blumenau terminou e como sou meio nerd, já estou aqui escrevendo sobre o dia em que algo novo aconteceu para as Artes e Cultura. O que nasceu? O desafio de avançar em relação às políticas culturais na cidade, a partir da formulação de diretrizes e ações condizentes que as novas orientações nacionais e que, agora, artistas e produtores culturais, com o apoio da comunidade, tem que levar adiante.
A Plenária aprovou propostas avançadas, permeadas pelo entendimento de que Cultura é direito, que é um tema complexo e que o simplismo e voluntarismo por parte do poder público serão rechaçados. Foi difícil para todos, creio eu, também saborear o gosto do complexo, mas pelo menos o meu estomago está digerindo normalmente, hoje. Exóticas nestas terras germânicas, políticas públicas de cultura agora podem sair do papel e do desejo, caso, repito, artistas e produtores culturais, com o apoio da comunidade, levem adiante as energias de sábado, dia 26 de setembro.
Foram trazidas as críticas e as angústias, ainda na garganta, sobre o nosso lento acordar para o fato de que a indicação política sem critérios, apenas para abrigar aliados, SEMPRE foi feita pelas administrações municipais, por todos os partidos, especialmente nessas áreas tratadas como terciárias.
Idéias como o Fórum Municipal de Cultura, articulando todo mundo que queira debater sobre as políticas culturais, caminham na direção de um empoderamento social sobre a estrutura executiva de políticas nunca antes visto. Poderá ser a instância que acompanhará estes nossos desafios em suas implicações práticas e cotidianas, avaliando, sugerindo, gritando por seriedade junto ao poder público.
A necessidade de construir um Sistema Municipal de Cultura foi reivindicada pela Plenária, articulado com outras secretarias e órgãos estaduais e federais, garantindo a diversidade cultural dos diversos atores sociais da cidade. A criação da Lei Municipal de Mecenato entrosada com os princípios do Fundo Municipal de Apoio a Cultura dão organicidade a dinâmica sobre financiamento cultural.
A gestão institucional da cultura foi examinada: o que temos atualmente e o que queremos construir. O grupo responsável pelo Eixo soube elencar propostas que radicalizam e inovam na democratização da Fundação Cultural. Tivemos cortes no número de profissionais que trabalham com a cultura; não temos informações e números sobre a cultura aqui em Blumenau, seus frutos quantitativos e qualitativos; poxa tanta coisa a se fazer!! São tantas demandas na pauta, mas a impressão que se teve, ao sair de lá, é que estaremos sim, atuantes permanentemente (espero!!!).
E no mais, as conversas, articulações, papos do almoço, do café, na hora do cigarro, tudo foi muito phoda! As intervenções dos presentes foram emocionantes, cheias de entusiasmo, ironia, sofisticações e indignação. Acho que fui recarregado de energias. Espero o mesmo de muit@s camaradas para não termos a 5ª edição cheia de indignação novamente.
É impressão minha? Que dizem? Quais os principais desafios, agora?
Beijos!
Márcio Cubiak
www.libidinagens.wordpress.com
Um comentário:
Marcio e demais que mos leem. Não quero que desanimem nem recuem um ssó centímetro nas ntenções ajustadas nesta 4a Conferencia. Entretanto a maioria das questões salientadas por você no excelene texto que acabo de ler já foram gestionadas, articuladas e nunca efetivadas na 1, 2 e 3 Conferencias de Blumenau. O Governo se omite, o legislativo simplesmente ignora o segmento cultural, os produtores ficam desarticulados. Quase tudo o que foi avaliado e concluidoé consenso h;a mais de 30 anos. Quem está no dia a dia da cultura da cidade sabe disso. Agora observo de binoculos estes movimentos e com um fio de esperança, desejo que se 20% for implementado seremos vitoriosos. Beijo na palma da mão de cada um... Rosane Magaly Martins
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