Museus, catástrofes e telhados.
Darlan Jevaer Schmitt
“Museu e horto botânico são pouco conhecidos por blumenauenses”. Ao parafrasear o titulo da pequena nota da coluna “Há 30 anos no Santa” (27/01/2010), convido a pensarmos sobre a atual situação histórico-patrimonial de nossa cidade. Segundo a nota, em 1980, 3% da população blumenauense da época conhecia o complexo museológico da Família Colonial. Hoje, acredito que esse número aumentou um pouco, mas não o suficiente. O mesmo jornal aponta a queda de um telhado no histórico prédio da Fundação Cultural. E, há alguns dias, era noticiado o descaso público (e porque não, civil) com o importante Museu Fritz Muller, seriamente atingindo pela catástrofe de 2008. Nestes exemplos antigos e atuais (ou atuais e antigos?) podemos perceber a falta daquilo que chamo de “vontade de patrimônio”. É a vontade para reconhecer que esses espaços histórico-patrimonial blumenauenses precisam ser vistos como responsabilidade de cada um de nós. É preciso se sentir parte destes museus, arquivos, centros de memória e espaços culturais. Mas, não estou colocando a culpa desta situação só sobre nós, civis. Sei que o poder público blumenauense tem responsabilidade também. Um exemplo é o caso dos próprios museus. O município tem vários, de autarquias e secretarias diferentes e, com sérios problemas. E o pior, estes não conversam para atuarem em conjunto na solução de seus males; atuam com gestões descentralizadas. Poderia falar também dos casarios e praças abandonadas, o que todo mundo vê! Por isso, chamo a atenção para nós blumenauenses (civis e poder público); o primeiro passo é nosso no cultivo da “vontade de patrimônio”! Se isso não mudar, continuaremos com o descaso com os museus, casas abandonadas e telhados caindo.
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