sexta-feira, 1 de julho de 2011

Sobre resposta publicada no SANTA


Amigos, leiam, na íntegra, resposta ao artigo "Ó Supremo", editada e reduzida pelo Jornal de Santa Catarina (http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,185,3372359,17433) de hoje - 01/07/2011:
Ó, intolerância!
Sobre o artigo publicado “Ó supremo!”, tenho a dizer que o argumento de que o reconhecimento da união homoafetiva irá gerar bullying e ataque nas escolas é no mínimo primário e raso. Exatamente por isso entendo extremamente importante a distribuição do kit anti-homofobia nas escolas, de forma a evitar que crianças oito aninhos sofram bullying porque são diferentes, pois se vive num mundo de adultos intolerantes e preconceituosos.
E sobre a interpretação da Constituição feita pelo autor/advogado, é importante citar duas frases dos Ministros do STF, que dão uma importante aula de direito, ao proferirem o voto a favor da união homoafetiva: “Que não se separe por um parágrafo, o que a vida uniu pelo afeto.” (Min. Ayres Britto). “Uma sociedade decente é uma sociedade que não humilha seus integrantes. O tribunal lhes restitui o respeito que merecem, reconhece seus direitos, restaura sua dignidade, afirma sua identidade e restaura sua liberdade”. (Min. Ellen Gracie).
Propagar a exclusão usando de temas tão diferentes e complexos – como o bullying, ataques às escolas e legalização da maconha – apenas reforça a intolerância e o preconceito ao diferente e tornará a sociedade ainda mais violenta. O que precisamos são de atitudes democráticas e maduras, tais como as do Supremo Tribunal Federal.
Sally Rejane Satler – Advogada

2 comentários:

m.cubiak disse...

O cara que escreveu quer impor a idéia de tipo Lions pros outros.

Sally Satler disse...

É isso aí mesmo. Por mais que a gente defenda o direito à liberdade de expressão, ainda fico chocada com a publicação de um artigo desses num Jornal, contribuindo para a pregação da exclusão e afirmando que a aprovação da união homoafetiva pode desencadear em ataques à escolas, promovidas por crianças que sofreram bullying na escola por terem 2 papais ou 2 mamães.