Palavra mesma, duplo sentido. De uma parte, “o rio” substantiva porção d´água a correr pelas entranhas. Itajaí-Açú. Rio teimoso, tinhoso. Sobe e desce sem pedir licença. Quando cheio de tudo, faz da margem segunda casa; das ruas, hospedagem. Invade avenidas, faz moradores reféns. É movimento e contenção. De outra parte, a conjugação do verbo “rir” na primeira pessoa do singular no presente do indicativo: “eu rio”. Blumenau. Cidade que se quer séria mas repleta de chistes. Nas artes visuais, surge um humor subterrâneo. Eis o arranjo: Bruno Bachmann em seu ateliê-quarto, em suas cadernetas-telas faz graça com a questão da violência urbana, aqui transposta para as paredes. Belíria Boni nos apresenta uma improvável aranha gigante a andar pelas paredes. Biba Schmidt promove um sutil deslocamento que faz estremecer a superfície do papel. Aline Assumpção e Charles Steuck preparam um oswaldiano banquete que bem poderia ser servido no melhor restaurante da cidade. Daiana Schwartz dialoga com o rio Itajaí-Açú e trabalha num jogo de veladuras com imagens pré-existentes. Ivan Schulze recorre ao humor do cotidiano e, por fim, Aline Assumpção esbarra nos bastidores – nem sempre éticos – do circuito cultural blumenauense.
Fernando Boppré
Curador
ABERTURA - 12 DE JULHO 20h
* Segue até 12 de agosto.
Fernando Boppré
Curador
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ARTE NA CIDADE
MOSTRA SESC DE ARTE CONTEMPORÂNEA
Aline Assumpção
Belíria Boni
Biba Schmitt
Biba Schmitt
Bruno Bachmann
Charles Steuck
Daiana Schvartz
Ivan Schulze
* Segue até 12 de agosto.
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