Que sejam lidos, entretanto, os livros doados, e não se percam, nas obscuras prateleiras da burocracia ou em bibliotecas ora suntuosamente inauguradas e futuramente abandonadas e esquecidas, os livros mofados destinados à reciclagem. É isto o mínimo que podemos devolver a Marcon.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Enquanto Godot não chega...
Que sejam lidos, entretanto, os livros doados, e não se percam, nas obscuras prateleiras da burocracia ou em bibliotecas ora suntuosamente inauguradas e futuramente abandonadas e esquecidas, os livros mofados destinados à reciclagem. É isto o mínimo que podemos devolver a Marcon.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
PÓS-GRADUAÇÃO EM MODA E DESIGN na Orbitato
Salão Elke Hering - O Retorno
Blumenau, 25 de janeiro de 2010.
Projeto ENTER
Na próxima segunda(02 de fevereiro) inicia através do Projeto ENTER, a programação de cultura do SESC Blumenau.
Segue abaixo a listagem de eventos. Prestigiem!!
Observação: A apresentação da Cia Trampolino, teve seu dia alterado, assim que confirmado divulgaremos.
Data, horário
Nome da programação/Linguagem
Local
02/02 – 20h
Brasilidades - Nana Toledo e Trio Mazzaropi
Fundação Cultural de Blumenau
03/03 – 13:30h/17:30h
Todos os contos: o conto (Oficina de Literatura) - Carlos Henrique Schroeder.
Auditório SESC Blumenau
03/03 - 20h
Lançamento de “As certezas e as palavras” - Carlos Henrique Schroeder.
Casa SESC
04/02 – 20h
Chá de Cevada
Fundação Cultural de Blumenau
05/02 – 20h
Obscena Senhora D
Fundação Cultural de Blumenau
06/02 – 20h
TERRAGON – Cia Plural
Fundação Cultural de Blumenau
07/02 – 20h
AYRES Y MARES Willy González e Micaela Vita (Argentina)
Fundação Cultural de Blumenau
08/02 - 09h
Mostra de Curtas Brasileiros
Auditório SESC
08/02 - 15h
Mostra de Curtas Brasileiros
Auditório SESC
09/02 – 15h
É tentando que se desiste – James Beck
Praça Dr Blumenau
09/02 – 20h
A Caixa – Cia Mutua
Fundação Cultural de Blumenau
10/02 – 20h
Encontro com autores do livro - ESTAÇÃO CATARINA – O Trem Passou Por Aqui
Auditório SESC
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
O desafio do audiovisual brasileiro
o Luís Nassif publicou, em seu blog, um interessante texto sobre o mercado audiovisual no Brasil. Talvez, poderíamos dar alguns "pitacos" sobre a produção local e catarina.
O desafio do audiovisual brasileiro
Coluna Econômica – 25/01/2009
Há um conjunto de obstáculos ponderáveis para a criação de uma indústria brasileira de audiovisual. A rigor, deve-se avançar em duas frentes: a do fomento e a da distribuição.
Coordenador Geral de Políticas Audiovisuais do Ministério da Cultura, James Görgen considera que a primeira parte da equação – o fomento – está razoavelmente equacionado.
Hoje em dia, no financiamento a fundo perdido o Ministério da Cultura tem uma área de fome, com editais lançados periodicamente para financiamento de pequenas produções a fundo perdido. No momento, existem 11 editais abertos em várias áreas, para animação, curtas e longas metragens de baixo orçamento. Existe também a Lei Rouanet de incentivo à cultura.
Na área de TV, o programa Doc Tv – de estímulo a documentários de iniciantes – também gerou boa quantidade de programas. O MinC criou o Programa Olhar Brasil, visando criar núcleos de produção digital nas cidades. Entregam equipamentos para conselhos gestores, que providenciam professores. O programa está em 12 estados, mas ainda timidamente devido aos custos envolvidos.
***
No caso do mercado mais profissional, a ferramenta de atuação é a Ancine (Agência Nacional de Cinema) que dispõe da Lei do Audiovisual e o Funcine – fundo que permite atrair capitais de risco para empreendimentos.
Até agora, os investimentos têm se concentrado em projetos individuais, em filmes, onde a percepção de risco é mais nítida. Mesmo assim, os planos de negócios desses filmes não tem controle sobre uma variável fundamental: o tempo de permanência nos cinemas.
E aí se entra no outro ponto da questão, que é a distribuição.
***
O problema é a distribuição.
Hoje em dia, praticamente toda produção brasileira – com exceção de filmes amparados por estruturas de distribuição internacionais ou redes de TV aberta – está nas prateleiras. A única porta e exibição é a TV pública, TV Brasil, Fundação Padre Anchieta e rede estadual.
Sem a perna da TV aberta, o modelo de negócio torna-se complicado.
***
O mercado audiovisual trabalha sobre quatro janelas de faturamento: cinema, TV aberta, Internet e dispositivos móveis.
No caso da TV aberta, as redes foram montadas em cima de uma lógica perversa para a produção nacional. A maior parte do conteúdo é produzida na cabeça de rede ou na compra de pacotes de filmes e séries do exterior, que já amortizados dos países de origem. Apenas 15% das afiliadas têm alguma produção própria.
Embora a TV aberta pague valores irrisórios pelos filmes nacionais exibidos, a visibilidade é essencial para viabilizar as outras três janelas. O caminho natural seria a introdução de cotas tanto para filmes nacionais quanto para produção de afiliadas.
***
Sem visibilidade, torna-se difícil penetrar nos esquemas de distribuição de cinemas.
Hoje em dia, 95% dos municípios não têm cinemas. Nos demais, os cinemas estão acompanhando a especulação imobiliária e se concentrando nos shoppings.
As redes de cinemas – 1
No caso dos cinemas, uma alternativa seriam as cotas, mas encontra resistências. Então terá que se consolidar a boa qualidade. Difícil furar bloqueio das internacionais porque não o tem a brasileira. E as internacionais também usam o esquema de venda de pacotes para ocupar os espaços. Mesmo redes e distribuidores nacionais se associaram às internacionais, impondo pacotes. Além das redes próprias internacionais.
As redes de cinemas – 2
Existem redes nacionais de médio e grande porte. Mas a falta de histórico de produção impediu o aparecimento de grandes distribuidores. Há programas visando permitir que prefeituras e organizações sociais tenham suas salas de exibição. Mas valem apenas para a produção alternativa, não para o filme comercial. O projeto Programadora Brasil disponibiliza para essa rede 500 títulos a preços módicos.
Os produtores – 1
Um dos grandes desafios será superar o chamado filme de autor – aquele no qual o diretor define o que quer filmar. Na China e na Índia, a produção se viabilizou com as encomendas, diretores e produtores acertando com os compradores o formato do produto. Mas ainda há muita resistência, devido aos vícios dos tempos em que todo o cinema era bancado com recursos não reembolsáveis.
Os produtores – 2
Um caminho promissor tem sido o da co-produção com canais a cabo – especialmente os estrangeiros. Mas apenas diretores provenientes do mercado publicitário têm tido jogo de cintura para fazer o filme sob demanda. Na área da animação as parcerias têm sido mais profícuas. O desenho animado mais popular do Discovery Canal é brasileiro. E os canais por assinatura têm sido os grandes compradores.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
ASSEMBLEIA SETORIAL DE TEATRO E CIRCO DE SANTA CATARINA
CONVITE PARA ASSEMBLEIA SETORIAL DE TEATRO E CIRCO DE SANTA CATARINA
II Conferência Nacional de Cultura
Convidamos todos os representantes dos segmentos de teatro e circo de Santa Catarina para participarem da Assembleia Setorial de Teatro e Circo que será realizada dia 30 de janeiro, às 13h, no Teatro Municipal de Itajaí pela Fecate através da Funarte, por meio do seu Centro de Artes Cênicas.
Este encontro visa reunir artistas, produtores, gestores, técnicos e todos os envolvidos na cadeia produtiva das artes cênicas do estado, para avaliação e discussão do Plano Nacional de Cultura, criação de propostas de estratégias e eleição dos delegados estaduais que participarão da Pré Conferência Setorial de Cultura.
Contamos com sua participação!
Assembleia Setorial de Teatro e Circo de Santa Catarina
Data: 30 de janeiro - sábado
Horário: 13 horas
Local: Teatro Municipal de Itajaí
endereço: Rua Gregório Chaves, 111, Fazenda.
Informações: 47 99738315 - Leone Silva
fecate@gmail.com
Imagens de férias...
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
28 de janeiro - ASSEMBLÉIA ESTADUAL DO FÓRUM DE ARTES VISUAIS DE SC
MUSEU VICTOR MEIRELLES - FLORIANÓPOLIS
NA PRÓXIMA QUINTA FEIRA
28 DE JANEIRO A PARTIR DAS 18H
Endereço: Rua Victor Meirelles, 59 Centro
Fone/Fax: (048) 3222-0692
*
*pauta :*
*INDICAÇÃO, DISCUSSÃO E OFICIALIZAÇÃO DA*
*Delegação de Santa Catarina para a Pré-Conferência Setorial das Artes
Visuais*.
(conforme discussão do e-grupo fórum_sc_artesvisuais)
http://groups.google.com/group/forum_sc_artesvisuais?hl=pt-BR.
*Ao final quando isso estiver resolvido podemos fazer encaminhamentos *
*e um possível plano de ação com as principais metas que precisam *
*ser imediatamente articuladas internamente*
*"no estado que nos encontramos..."*
_____________________
Extraído do fórum_sc_artesvisuais
http://groups.google.com/group/forum_sc_artesvisuais
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Artes Visuais em Pauta
Neste fórum estão sendo debatidas questões de grande relevância para o cenário das artes visuais e das políticas culturais estaduais e federais. Nesta semana, um dos pontos discutido tem sido a Pré-Conferência Setorial de Artes Visuais que acontecerá nos dias 22, 23 e 24 de fevereiro em Brasilia. Na quinta-feira que vem, haverá uma Assembléia em Floripa, que indicará os nomes/candidatos a representar SC no Colegiado Setorial de Artes Visuais.
Convido os artistas de plantão a acessarem a lista e se interarem do que está acontecendo, participarem, trata-se de um momento decisivo e, diante das tantas mazelas com as quais temos tido que conviver (palhaçadas do Funcultural, atraso de salões de arte, atraso em editais e pontos de cultura, má distribuição de verbas, distorção de conceitos arte/turismo...), nada melhor do que botar a boca no mundo na hora certa, canalizar esforços e exercer e ocupar um espaço a que temos direito perante o Estado...
Enfim, falei...
quem quiser acessar e participar: http://groups.google.com/group/forum_sc_artesvisuais
Nova Investida contra a Democracia
Nova investida contra a democracia
Vem aí mais um ataque à liberdade de informação e de opinião, preparado não por skinheads ou outros grupos de arruaceiros, mas por bandos igualmente antidemocráticos, patrocinados e coordenados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A 2ª Conferência Nacional de Cultura, programada para março, foi concebida como parte de um amplo esforço de liquidação do Estado de Direito e de instalação, no Brasil, de um regime autoritário. O controle dos meios de comunicação, da produção artística e da investigação científica e tecnológica é parte essencial desse projeto e também consta do Programa Nacional de Direitos Humanos, outra desastrosa proposta do governo petista. O texto-base da conferência poderia figurar num museu de teratologia política, como exemplo do alcance da estupidez humana. Antes de enviá-lo para lá, no entanto, será preciso evitar a sua conversão em roteiro oficial de uma política de comunicação, ciência e cultura.
A palavra cultura, naquele texto, é usada com tanta propriedade quanto o verbo "libertar" na frase famosa "o trabalho liberta", instalada sobre o portão de Auschwitz. "O monopólio dos meios de comunicação", segundo o documento, "representa uma ameaça à democracia e aos direitos humanos." É verdade, mas não existe esse monopólio no Brasil nem nas verdadeiras democracias. Um regime desse tipo existe em Cuba, como existiu noutras sociedades submetidas a regimes totalitários, sem espaço para a informação, a opinião e o confronto livre de ideias. Muitos dos companheiros do presidente Lula, entre eles alguns de seus ministros, nunca desistiram da implantação de algo semelhante no País. Segundo Lula, sua carreira política teria sido impossível sem a liberdade de imprensa, mas hoje essa liberdade é um empecilho a seus projetos de poder.
O documento defende "maior controle social" sobre a gestão de rádios e TVs públicas. Mas "controle social", em regimes sem liberdade de informação e de opinião, significa na prática o controle total exercido pelo pequeno grupo instalado no poder. Nenhum regime autoritário funcionou de outra forma. Também a palavra "social", nesse caso, tem um significado muito diferente de seu valor de face.
É preciso igualmente controlar a tecnologia: este princípio foi adotado desde o começo do governo Lula. Sua aplicação só não liquidou a Embrapa, um centro de tecnologia respeitado em todo o mundo, porque a maioria da comunidade científica reagiu. A imprensa teve papel essencial nessa defesa da melhor tradição de pesquisa. Isso a companheirada não perdoa. No caso do presidente Lula, o desagrado em relação à imprensa é reforçado por uma espécie de alergia: ele tem azia quando lê jornais.
Mas o objetivo não é apenas controlar a pesquisa. É também submetê-la a certos "modelos". "No Brasil, aprendemos pouco com as culturas indígenas; ao contrário, o País ainda está preso ao modelo colonial, extrativista, perdulário e sem compromisso com a preservação dos recursos naturais", segundo o documento.
Cultura extrativista, ao contrário do imaginado pelo companheiro-redator desse amontoado de bobagens, era, sim, a cultura indígena. O agronegócio brasileiro, modernizado, eficiente e competitivo, não tem nada de colonial, nem na sua organização predominante nem na sua tecnologia, em grande parte fornecida pela pesquisa nacional de mais alta qualidade. Ou talvez o autor daquela catadupa de besteiras considere colonial a produção de automóveis, tratores, equipamentos industriais e aviões. Não deixa de ter razão. Os índios não fabricavam nenhum desses produtos, mas indígenas das novas gerações não parecem desprezar essas tecnologias.
Segundo a secretária de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, Silvana Lumachi Meireles, nenhuma proposta contida no documento pode gerar polêmica. Todos os itens, argumentou, foram referendados em conferências regionais. Mas conferências desse tipo não têm o poder de transformar tolices em ideias inteligentes nem propostas autoritárias em projetos democráticos. O governo insistirá, a imprensa continuará resistindo. A oposição poderia ajudar a conter esse projeto insano, se deixasse o comodismo e mostrasse mais disposição para defender a democracia do que mostrou diante do ameaçador decreto dos direitos humanos.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Feliz 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Errata
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Entre cadáveres e casas velhas, a literatura
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Conversa de banheiro
-Marcel Duchamp : Então Renezinho, vai assumir esse negócio ou não vai?
- René Magritte: Já te disse que não tenho nada a ver com isso, esses adesivos no banheiro não são meus, aliás, isso tá parecendo coisa tua. Primeiro você bota um urinol dentro do museu, considerando-o obra de arte. Agora, faz o contrário, transforma o banheiro em sala de museu - genial...
-MD.: Ah, não me venha com essa... o trocadilho infame com o “ceci nes’t pas une pipe” é a tua cara, aliás, não é tua letra ali, ó? e esse papo de resignificação também é bem do teu tipinho...
- RM.: É... até poderia ser, mas não é.
- MD.: Pô, até tu tá nessas agora de obra anônima é?, hehehe...
- RM.: Mas peraí, to olhando aqui melhor... tem algo a mais escrito aqui. Tô sem óculos, consegue ler?
- MD.: É mesmo... deixa me ver... ãahhnnn... blogstop, aliás, blogspot... ponto com... que diabos é isso?
Nessa hora, um brasileiro que estava limpando o banheiro se mete na conversa:
- Desculpa a intromissão, mas isto é um blog...
- RM.: Hein???
Brasileiro: - Ontem eu vi esses adesivos, cheguei em casa e acessei o site. São uns caras que estão fazendo isso nos banheiros de vários museus.
- RM.: Putz, tão usando a gente. E essa coisa de releitura, citação, já deu pra bola, coisa de oportunista...
Brasileiro.: Bom, eu não sou artista nem nada, mas... eu pirei assim: O museu é museu, certo? O banheiro está no museu. Então, o banheiro do museu é um museu? ou o banheiro do museu é banheiro? Se o banheiro do museu não é um banheiro, então ele é museu, ou o que?
- MD.: Ao ser ocupado pela intervenção, o banheiro do museu deixa de ser banheiro e passa a ser um espaço de arte, é isso que você quer dizer? (tsc, tsc, tsc) E quem são esses caras pra ir chegando assim, em nossos grandes museus de arte?...
- RM.(cortando a conversa): Acho melhor a gente voltar pro museu, todos estão nos esperando...
- MD: É mesmo, já estou aliviado também... aliás, acabou o papel...
- Brasileiro: Tá na mão... toma. Tenham um bom dia. E eu, por enquanto, vou continuar aqui pelo banheiro mesmo...
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