quinta-feira, 30 de julho de 2009

FITUB

Defendendo a máxima de Vandré que diz, "quem sabe faz a hora, não espera acontecer", o debate continua alimentado. Abaixo segue o texto que Maicon Tenfen publicou hoje no Jornal de Santa Catarina (30/07/09), interpretando as respostas dadas pelo presidente do TCG, pelo reitor da FURB e pelo (naquele momento) representante da classe artística blumenauense veiculadas na edição do Santa do dia 28.
FITUB
por Maicon Tenfen
Anteontem, por causa da ausência do Festival Universitário de Teatro de 2009, o Santa fez perguntas à Furb, ao Teatro Carlos Gomes e à organização do Nosso Inverno para esclarecer o que (não) está acontecendo no calendário artístico-cultural de Blumenau. Gostaria de comentar as respostas dadas à reportagem porque todas, a meu ver, são preocupantes.Pergunta dirigida à Furb: há outras formas de conseguir verba para viabilizar o festival que não seja por vias governamentais? O reitor Eduardo Deschamps deixou claro que a universidade não pode arcar sozinha com os custos do festival. Daí a necessidade de fundos externos, um dinheiro demorado e aleatório. Apesar da verba anunciada para o Fitub de 2010 (que ainda precisa da aprovação do Conselho de Estado), não há garantias de que a periodicidade do evento seja mantida, mesmo em seu caráter bianual. Em outro espaço, o reitor salientou a necessidade de mobilização da classe artística “para ter o apoio maior de outros patrocinadores”. Aí pergunto: não estaria na hora da prefeitura e do empresariado abraçarem a causa?Pergunta dirigida aos organizadores do Nosso Inverno, evento que tem o objetivo de preencher o vazio deixado pela ausência do Fitub: por que a classe artística não fez uma manifestação ou protesto para manter a anualidade do festival? Daniel Costadessouza, um dos integrantes da comissão, respondeu que “somos um coletivo de artistas, mas não somos um evento político-cultural”. Demorei a depurar a contradição, mas entendi que a Furb e o festival estarão perdidos se contarem com o apoio da classe artística solicitado pelo reitor.Pergunta dirigida ao Teatro Carlos Gomes: por que o teatro não abriu as portas de forma gratuita ao Fitub assim como fez para o Nosso Inverno, que nasceu como uma forma de protesto da classe artística pela falta do festival? Ricardo Stodieck, presidente do TCG, respondeu que o “teatro não participa de protestos”. Então só posso concluir que estamos mesmo perdidos! Se o teatro não protesta, quem o há de fazer? Na sequência, Stodieck dá a entender que foi enganado pela organização do Nosso Inverno. “Se tivessem informado do eventual protesto, não os teríamos apoiado”. Quanta confusão! Mas pelo menos um detalhe se esclareceu: a cooptação não partiu de cima. Os próprios artistas se apresentaram para oferecer a arte em sacrifício.

2 comentários:

Fábio Ricardo disse...

O Nosso Inverno também foi abordado pelo portal Análise em Foco. Minhas opiniões em: http://www.analiseemfoco.com.br/site/noticia.php?cod=9&sub=20

Anônimo disse...

Opinião de Fábio:
"como falei: ele respondeu por ele e mais ninguém.
se alguém me perguntar o que é, para mim, o Nosso Inverno, eu vou responder que PARA MIM não é uma manifestação política de protesto, e sim um evento multicultural.
EU não estou protestando. EU quero discutir cultura e arte e não tenho motivos diretos para protestar sobre nada disso.
vc pode ter, eu não. por isso eh que cada um só pode responder por si mesmo. eu respondo POR MIM a quem me perguntar."
Quinta-feira, Julho 30, 2009 1:22:00 AM

tsc tsc tsc