quarta-feira, 11 de março de 2009

Julho - um inverno que chega e uma opinião

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uma opinião ...

Muito já se tem escrito sobre a crise mundial e seus impactos na área cultural, no financiamento dos projetos por renúncia fiscal. Apesar de se tratar de renúncia fiscal, as empresas estao cancelando o dinheiro já anteriormente acordado com vários projetos culturais. Afirmam que é para fazer caixa. Tá.

Temos ainda o gigante deslize do Governo Federal em reenquadrar as empresas culturais numa alíquita tributária que pode consumir até 22% dos projetos culturais. As empresas, ao invés de 6%, vão ter que pagar o triplo disso.

Dizem que vem aí um pacote anti-crise voltado para o setor cultural. Dizem que vem aí a reformulação da Lei Rouanet, dizem que vem por ai a volta das empresas culturais ao enquadramento dos 6% de impostos. Dizem muitas coisas...

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e outra . . .

Acho que parte da razão do Festival Universitário tornar-se bianual está na ausência de um bom gerenciamento do projeto. O Festival não consegue ter um parceiro fixo, é despudorada a sua propensão a bigamia. Vinte e duas edições e não há aquele patrocinador que abraçe a idéia. Tem sempre que ir-se a rua e catar potenciais apoiadores. Governos, sejam federal, estadual ou municipal não servem para apoiar simplesmente, mas para complicar os apoios com suas burocracias ancestrais.

A própria FURB "adora" o Festival mais como retórica, currículo e fotografia do que com ações práticas. Nessa obsessiva corrida por alunos entre as Universidades (rsrsrsrs), tudo é questão de despesa.

O Festival tem conceito, tem apoio e prestígio local e nacional, precisa ter uma equipe pronta para tornar o momento perene. Eu não quero que ele seja bianual. Não há porque 22 anos depois, enfrentadas tantas crises, tenhamos que abortar uma idéia que traz a Blumenau espetáculos, sejam bons ou ruins. Com os valores cobrados pelo Teatro Carlos Gomes e a ausência de outros espaços para apresentações cênicas (a não ser a rua - quando os órgão acabam liberando) a vinda de espetáculos que não sejam globais torna-se difícil.

Concordo com o Maicon Tenfen sobre o fato de que aqui em Blumenau tem-se patrocínio para tudo. Eita bando de empresários cabeçudos, cabeças de planilhas, como diria o Luis Nassif. Mas, Pita, vamos reforçar a equipe e trazer o festival com fertilidade anual. Colheitas ano sim, outro não... Não sei se tenho estoque de gordura para invernos assim.

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