Guido Heuer estreia nesta coleção uma proposta singular em sua trajetória plástica. O processo se inicia com fotos capturadas por Guido, que servirão de referência para uma “bricolagem”, que caminha à remontagem da cena original – embora não seja esse o objetivo final destes trabalhos.
Entre os séculos 19 e 20, fotógrafos começaram a usar o efeito flou, uma redução da nitidez que davam as fotos um aspecto de pintura (e o reconhecimento de arte, para aquela época). Guido chega também a um resultado semelhante de pictorialismo, mas por um caminho mais minucioso e rebuscado (umas de suas marcas) com o uso de materiais diversos sobrepostos - e também da própria pintura - tudo isso levemente difuso por um anteparo de vidro antirreflexo - um ‘filtro’ flou.
O resultado visual final é rico e instigante, pelo qual somos convidados a in-plorar (um explorar de fora pra dentro), e é no vão do vidro que está o espaço para a nossa recr(i/e)ação.
Charles Steuck
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